sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Maracanã superfaturado

Depois do TCU ter considerado IRREGULAR o novo orçamento para a reforma do Maracanã, Sérgio Cabral e sua "gangue" resolveram burlar as regras (mais uma vez) e pedir empréstimo para compor o valor absurdo da obra.
Lembro a todos que o TCU declarou que havia superfaturamento em diversos itens da obra, e por isso não aprovou o orçamento.

Segue matéria do Estadão.

Rio de Janeiro quer gastar no Maracanã valor vetado pelo TCU

Governo diz que reforma custará R$ 931 mi e pede autorização para fazer empréstimo

23 de setembro de 2011 | 3h 05
Bruno Boghossian
RIO - O governo do Rio usou um orçamento considerado irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para buscar a aprovação de um empréstimo de US$ 126 milhões para cobrir o aumento de custos da reforma do Maracanã. Em projeto enviado à Assembleia Legislativa (Alerj), o governador Sérgio Cabral afirma que o crédito será usado para complementar o pagamento de R$ 931 milhões. O valor da obra, no entanto, é de R$ 859 milhões.
Fevereiro de 2013 é a previsão para entrega do Maracanã - Sergio Moraes/Reuters
Sergio Moraes/Reuters
Fevereiro de 2013 é a previsão para entrega do Maracanã

No texto enviado aos deputados estaduais fluminenses em 13 de setembro, o governo alega que o empréstimo pedido ao Banco de Desenvolvimento da América Latina se deve ao aumento do preço da reforma, que teria passado de R$ 705 milhões para R$ 931 milhões. A diferença, de R$ 226 milhões, equivale ao valor do empréstimo, a um câmbio de R$ 1,793 por dólar.

"O acréscimo de R$ 705 milhões para R$ 931 milhões coberto pelo crédito se deve à necessidade de se demolir a cobertura do estádio, demanda esta que significa maior aporte de recursos dos que até então estavam previstos para a obra", afirma o governador no texto.

Em 31 de agosto, no entanto, duas semanas antes da entrega do projeto de lei que pedia autorização para o empréstimo, o TCU havia considerado irregular o orçamento de R$ 931 milhões. Após constatar sobrepreço nos valores da reforma, o tribunal se reuniu com a Secretaria de Obras do Estado e determinou a redução do preço final em R$ 72 milhões - para R$ 859 milhões.

O pedido de empréstimo precisa ser autorizado pela Alerj, onde a base de apoio a Cabral é maioria. O governador pediu urgência na votação do projeto, que ainda será analisado pelas comissões técnicas da Casa.

A Secretaria de Obras alega que o texto enviado para aprovação na Assembleia foi redigido antes da decisão do TCU de reduzir o orçamento da reforma. O órgão informou, no entanto, que não pretende alterar o valor do projeto, uma vez que o empréstimo de US$ 126 milhões é necessário para pagar parte da obra, independentemente do valor final.

O governo informou que os trabalhos no Maracanã serão concluídos dentro do orçamento de R$ 859 milhões. Do valor total, R$ 400 milhões (46,6%) serão obtidos via empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Estado pretende buscar outros empréstimos, no valor total de R$ 312 milhões (36,3%), e vai destinar R$ 147 milhões (17,1%) do orçamento deste ano para a reforma.

O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), que faz oposição a Cabral na Alerj, afirmou que o valor do empréstimo deveria ser reduzido, a fim de cobrir apenas o acréscimo de preços autorizado pelo TCU.

"O governo quer tomar um empréstimo maior do que o necessário sem nenhuma transparência. Se a informação do custo final da obra estivesse correta, seria necessário reduzir o valor do crédito", avaliou o parlamentar. "É uma operação que vai levar o governo a se endividar mais do que deveria.
"

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Maracanã atrasado

Bem, já sabemos que nosso (infelizmente) governador, Sérgio Cabral, mandou dizer lá de Londres (isso mesmo, ele não está no Rio) que as obras no Maracanã irão atrasar em 2 meses.
Sério, com tantos atrasos em tantas obras, tenho receio de como ficará o país para a Copa e para as Olimpíadas. Será que o vergonhoso "jeitinho brasileiro" vai dar certo? Detesto esta lógica do "em cima da hora". Não fica bom. E o pior: quando se trata de dinheiro público, sempre fica mais caro (obras sem licitação acabam extrapolando valores estimados de gastos).
Aí entram outros problemas: o "país da copa" ou a "sede das olimpíadas" não são nomes definitivos. Acabando o evento, sobram as benfeitorias. E quais serão elas? Espero que todas as prometidas, pois só o que eu consigo ver é poeira, mentiras e superfaturamentos.
Assim como todos os brasileiros, quero o melhor para o meu país, mas não é isso que estamos vendo.
Abraços

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Complexo do Alemão

R$ 25 milhões. Este é o valor mensal que o exército gasta com a ocupação no Complexo do Alemão. Até o final do período da ocupação, calcula-se que o gasto será perto de R$ 500 milhões de reais.
Bem, com todo este dinheiro, a gente acredita que a violência e o tráfico desapareceram da comunidade, certo? Bem, não no Brasil.
Segue matéria do jornal "A Tarde". O destaque vai para o final da reportagem.

Abraços!

Tiroteio entre militares e suspeito fere menina no Rio

Agência Estado (07/09/11)

Uma menina de 7 anos foi atingida por estilhaços de bala ontem pela manhã, quando ia para a escola na companhia do irmão, de 11, durante troca de tiros entre um suspeito e militares da Força de Pacificação na Vila Cruzeiro, no conjunto de favelas da Penha, zona norte do Rio.

A comunidade, ao lado do complexo do Alemão, também foi ocupada pelo Exército em novembro do ano passado. De uniforme escolar, ferida na panturrilha esquerda, a garota foi atendida no hospital e depois liberada.

Segundo o Exército, uma equipe de quatro militares da Força fazia patrulhamento de rotina pela rua nove quando se deparou com um "homem em atitude suspeita". Ao perceber a chegada dos militares, o suspeito teria atirado contra a tropa, um dos militares reagiu e disparou de volta. O homem, ainda não identificado, conseguiu fugir.

"Não sabemos quem é porque foi tudo muito rápido. No meio da perseguição, quando perceberam que havia alguém ferido, os militares voltaram as atenções ao socorro da criança", disse o relações públicas da Força de Pacificação, capitão Rodrigo Sobral. No local, foram apreendidos sete papelotes de cocaína e uma trouxinha de maconha.

Após ser atendida no hospital, a menina foi levada pelo pai à unidade da 22ª DP (Penha) que fica na sede da Força de Pacificação, no Alemão.
A dona de casa Maria José dos Santos, de 32 anos, mãe da menina, disse que ouviu somente um tiro. "Estava dentro de casa, escutei o tiro e em seguida ouvi minha filha gritar", disse. Uma cápsula de pistola 9mm, que seria do criminoso, foi encontrada no local pela perícia.

Segundo o delegado José Pedro Costa, os estilhaços que feriram a menina são do disparo efetuado pelo fuzil .762 de um dos militares.
O Exército informou a instauração de inquérito policial militar (IPM) para apurar de que arma partiu o tiro. Os quatro militares foram afastados do patrulhamento e vão desempenhar funções administrativas, até a conclusão do IPM.

Tráfico

A rua nove é a mesma onde militares gravaram, há menos de 15 dias, imagens de traficantes vendendo drogas. "O policiamento ali foi reforçado, mas a patrulha não fica estacionada e, pelo horário, que não é de muito movimento, até estranhamos a presença desse rapaz lá", disse o capitão Sobral.

Apesar da ocupação da Penha e do Alemão, o próprio Exército admite que o tráfico continua, ainda que "miúdo", nas duas comunidades. Na semana passada, traficantes tentaram invadir os morros da Baiana e Adeus, que desde então estão ocupados pela Polícia Militar.

domingo, 25 de setembro de 2011

Eduardo Paes, o príncipe das milícias

Vejam como o atual prefeito e candidato a reeleição, Eduardo Paes, muda de opinião (partido, aliados, inimigos, enfim...) com facilidade. Segue vídeo sobre uma dessas mudanças.

Abraços!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O pobre, por Sérgio Cabral

Quando a gente pensa que o Sérgio Cabral aprendeu que um burro calado passa por sabido, ele lança mais uma pérola. A da vez é a seguinte: "pobre não tem conta bancária".
Isso mesmo. Este foi o argumento do (infelizmente) governador do estado do Rio de Janeiro para justificar o seu apoio à volta da CPMF, um imposto absurdo (leia-se imoral) que nunca atingiu os objetivos propostos, que eram erradicar a dengue e a malária no Brasil. Quatro trilhões de reais depois e as estatísticas destas doenças só pioraram.
Voltemos à pérola. Quem disse que pobre não tem conta bancária? O senhor governador paga quase o equivalente a um salário mínimo aos seus professores (valor líquido) e eles têm conta bancária. Onde o senhor acha que recebemos o nosso salário, governador?
Nem preciso falar mais nada, né?
Abraços!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cabral quer a volta da CPMF

Com certeza, nosso ditador quer cobrar mais impostos da população para poder financiar obras superfaturadas e "emergenciais" concedidas aos amigos dele (a Delta, principalmente). Ou ainda poder "aliviar" outros empresários atuantes no Rio da pesada carga tributária sem afetar o orçamento do estado. Vai saber...
Segue matéria do Estadão.
Abraços!

Para Cabral, extinção da CPMF foi 'covardia'

Após reunião com Mantega, governador do Rio se disse favorável à volta do imposto

Renata Veríssimo, da Agência Estado

BRASÍLIA - O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, disse ser favorável à volta da Contribuição sobre Movimentação Financeira (CPMF) para financiar a Saúde. Cabral, que esteve reunido com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu um financiamento próprio para o setor de Saúde, assim como existe para a Educação. "Foi uma covardia a extinção da CPMF. Fez muito mal, não ao governo do (ex) presidente Lula, mas ao povo brasileiro", afirmou Cabral. Ele disse que assinará a carta que está sendo preparada por alguns governadores em apoio ao retorno da CPMF. "Claro que assino. Acho fundamental esse financiamento à saúde", afirmou.

O governador argumentou que não é possível financiar a Saúde somente com os atuais recursos arrecadados pelo governo. "O Brasil está expandindo cada vez mais os seus investimentos e é o motivo da alavancagem do crescimento econômico brasileiro", disse. Segundo ele, investimentos como do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa Minha Casa Minha Vida têm exigido mais recursos públicos. "O governo brasileiro tem o papel junto com os governos estaduais e municipais de alavancadores da economia brasileira", afirmou.

Ele disse também que não se pode sacrificar a meta de superávit primário para aumentar os gastos da Saúde. "O governo brasileiro tem tido a preocupação com a macropolítica-econômica para garantir estabilidade inflacionária e garantir o crescimento. Quando se fala em superávit primário, não é um palavrão, é um sinônimo de responsabilidade fiscal", afirmou Cabral.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cabral em defesa do aborto

"Quem aqui não teve uma namoradinha que teve que abortar?". Estas foram as palavras do nosso (infelizmente) governador, Sérgio Cabral, ao falar sore aborto para empresários de São Paulo.
Ao ser questionado pelos jornalistas, tentou contornar, dizendo que nunca tinha passado por tal situação e aí começou a falar sobre clínicas clandestinas de aborto.
Contradição em pessoa, não é mesmo? Este tipo de depoimento serve para percebermos quem é nosso governador.
Em reportagem, um jornal da Zona Oeste do Rio (Vargens News) lembrou que não é a primeira vez que Cabral fala sobre aborto. Segue trecho da reportagem.

Não é a primeira vez que Cabral entra em polêmica ao falar sobre o tema. Em 2007 ele defendeu a legalização do aborto como uma forma de reduzir a violência. Na época, citou uma pesquisa da década de 1970 que relacionava taxas de natalidade, pobreza e violência.

"Hoje, no Rio, em áreas mais nobres, como na Tijuca, se encontram taxas de natalidade de países civilizados, desenvolvidos, onde as pessoas têm consciência. Infelizmente, nas comunidades mais carentes daqui, as mulheres não têm orientação do governo sobre planejamento familiar e têm taxas equivalentes aos países mais atrasados da África. Tem tudo a ver com violência. Isso é uma fábrica de produzir marginal", declarou, na época.


Abraços!

domingo, 18 de setembro de 2011

Cabral e a Liga

Neste vídeo, aparecem cenas de confraternização entre Jerominho, Natalino e Cabral. Lembrem-se: Jerominho e Natalino estão sendo acusados por participação em milícias (Liga da Justiça).

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mais contratos sem licitação. E Cabral continua no poder

Depois de tudo o que aconteceu, depois de ter feito cara de cachorro faminto, enfim, Sérgio Cabral aprontou mais uma: mais contratos sem licitação. E adivinha com quem? Com seus amigos empresários.
Segue matéria do Estadão com a denúncia:

PSOL pede investigação de contratos de Cabral no Rio

Deputada Janira Rocha protocolou representação no Ministério Público em razão de acordos recentes do governo feitos sem licitação

Alfredo Junqueira, de O Estado de S.Paulo

RIO - A deputada estadual Janira Rocha (PSOL) protocolou representação no Ministério Público do Estado do Rio contra o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) por conta dos novos contratos emergenciais, com dispensa de licitação, assinados com a Delta Construções, do empresário Fernando Cavendish, conforme revelou o Estado na sexta-feira.

A parlamentar também vai pedir para que sejam investigados os acordos com a Tecnosonda S/A e a Geomecânica S/A Tecnologia de Solos, Rochas e Minerais. As duas empresas fizeram doações para a campanha de reeleição do peemedebista. As três empresas foram contratadas para fazer 12 de um pacote de 18 obras emergenciais da Secretaria de Estado de Obras. Os valor total das empreitadas é de R$ 96,3 milhões, sendo R$ 37,6 milhões para a Delta, R$ 29,7 milhões para a Geomecânica e R$ 11,8 milhões para a Tecnosonda.


“Primeiro, foi aquela situação na Bahia. O governador veio a público disse que errou e fez um decreto com um novo código de ética. Agora, ele vai e fecha contrato sem licitação com a mesma Delta. Isso não existe. É flagrante a ilegalidade”, argumentou Janira.

No dia 17 de junho, um acidente de helicóptero no litoral da Bahia tornou pública a proximidade entre Cabral e Cavendish. O governador havia viajado em jato emprestado pelo empresário Eike Batista para participar dos festejos de aniversário do dono da Delta em resort no litoral baiano. Na tragédia, morreram uma nora de Cabral e familiares de Cavendish. A Delta faturou R$ 1,3 bilhão em contratos com o governo do Rio nos quatro anos e sete meses de gestão do peemedebista na administração estadual.

Sobre os contratos, o governo do Rio e a Delta negaram qualquer ilegalidade. Em viagem pela Europa, Cabral disse que tomou conhecimento dos novos acordos com a empresa de Cavendish pela imprensa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Hospital superfaturado

Denúncias sobre irregularidades envolvendo Sérgio Cabral (governador), Eduardo Paes (prefeito do Rio) e Fernando Cavendish (dono da Delta).
Desta vez, o "probleminha" acontece com o INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia). Vejam reportagem do site "Consultor Jurídico":

HOSPITAL SUPERFATURADO

CGU constata sobrepreço de 42% em obras de hospital

Por Marcelo Auler

Previsto para entrar em funcionamento em abril de 2009, o novo prédio do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) continua inacabado 27 meses depois da data estimada para a sua inauguração. Suas obras, segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), apresentam doenças crônicas como restrições criadas no edital para limitar a participação de concorrentes; sobrepreço estimado em R$ 23,5 milhões no custo da segunda etapa da obra; cobrança em duplicidade de um mesmo serviço no valor de R$ 3,4 milhões; pagamento antecipado por serviços não prestados e equipamentos não entregues.

A soma do sobrepreço com os valores em duplicidade para um mesmo serviço perfaz R$ 26,9 milhões. O contrato desta segunda etapa da obra foi firmado no valor de R$ 63,9 milhões. Logo, pelo que se depreende do relatório da CGU, esta segunda etapa da reforma do prédio poderia sair por pouco mais de R$ 37 milhões, 42% mais barato do que o preço acordado entre o Instituto e a Delta Construções, em maio do ano passado.

Uma das recomendações do relatório desta Auditoria (de número 201108819) ao qual a ConJur teve acesso com exclusividade é que o INTO faça a adequação dos preços contratados a valores de mercado, de forma a não ser necessária a rescisão do contrato, exigindo a devolução dos valores pagos com sobrepreço e dos serviços executados em duplicidade. Recomenda ainda a apuração de responsabilidades de quem “deu causa aos vícios graves ocorridos nas pesquisas de preços originais, os quais ocasionaram contratações em valores superiores aos praticados no mercado”.

Como este documento chegou à Procuradoria da República do Rio de Janeiro mediante requisição, à Polícia Federal será determinada a instauração de inquérito policial para apurar os possíveis crimes de fraude na licitação (frustrar meios de competitividade da licitação) e peculato (desviar dinheiro público em proveito próprio ou alheio).

Paralelamente, um Inquérito Civil Público será instaurado ainda esta semana com a finalidade de verificar uma possível improbidade administrativa por servidores do Instituto, além de outras pessoas físicas e jurídicas envolvidos na obra. Como a CGU não aponta responsáveis pelos erros e falhas detectados, caberá às duas investigações identificá-los.

A construção de um novo INTO foi decidida em abril de 2005 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com esta finalidade, ele desapropriou o antigo prédio do Jornal do Brasil, na avenida Brasil 500, zona portuária do Rio de Janeiro. O edifício passa por reformas de modo a adequá-lo para que a “instituição possa dobrar o número de leitos atual, quadruplicar o número de consultórios, passar de 5.200 para 19.700 cirurgias/ano, reduzir o tempo de espera da fila para cirurgia, implantar o primeiro Centro de Tratamento de Infecção Óssea da América Latina, além de estender sua atuação na área de formação de recursos humanos e de pesquisa”, como consta do documento “Novo Complexo do INTO: projeto de estruturação da nova sede”, editado pelo Ministério da Saúde em 2006.

A obra, inicialmente orçada em R$ 187,6 milhões, foi licitada em junho de 2006 e deveria durar 34 meses. Em julho de 2008 estava prevista o início da mudança da sua sede atual na Rua Washington Luís, 61, Centro do Rio, para que o novo INTO fosse inaugurado em abril de 2009. Com todos os atrasos, segundo o relatório da CGU, a inauguração do novo complexo passou a ser prevista para meados de 2011, o que também não aconteceu.

Restrições na licitação
Para a conclusão da segunda etapa da obra, o INTO fez nova licitação no início de 2010 — Concorrência 1/2010 (Processo 250057/875/2010). Ao analisar o edital, o Tribunal de Contas da União manifestou-se através do ofício1306/2010 — TCU/SECEX-RJ-D4 no sentido de que a direção do Instituto “evitasse homologar o resultado e adjudicar o objeto da licitação em tela, em face de possíveis irregularidades apontadas por meio de denúncia, até deliberação final da aludida Corte”, como diz o relatório da CGU.

O mesmo documento ressalta que, “embora o certame já estivesse homologado e adjudicado, o ofício em comento (do TCU) foi recebido no mesmo dia (2/6/2010) em que o contrato foi firmado, sendo possível ao gestor adotar providências no sentido de elucidar as questões apresentadas pela Corte de Contas antes de autorizar o início da obra”, o que acabou não acontecendo. O contrato, no valor de R$ 63,9 milhões, foi assinado nove dias após a licitação.

Como o edital — com “injustificadas exigências e procedimentos restritivos à competitividade” — só foi publicado na grande imprensa no dia 29 de abril, a licitação deveria ocorrer pelo menos 30 dias depois, como manda a lei, mas foi realizada no dia 24 de maio, fora do prazo. Segundo o INTO, oito empresas retiraram o edital, seis delas agendaram visita técnica ao prédio, mas apenas três concorreram: Caenge S.A. — Construção Administração e Engenharia; Delta Construções S.A.; IBEG Engenharia e Construções Ltda.

A IBEG foi “inabilitada sem constar a motivação do ato no processo”, de acordo com a auditoria da CGU. Restaram apenas as outras duas empresas as quais, segundo o relatório destaca, “formaram em junho de 2008 o Consórcio VR Ecologia (CNPJ 09.612.232/0001-75) para a realização de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no município de Volta Redonda”. Ou seja, eram sócias em outra obra.

A vencedora Delta tem como dono Fernando Cavendish, cuja amizade com o governador do Rio, Sérgio Cabral, veio a público no mês de junho quando do acidente com um helicóptero na Bahia em que morreram a mulher de Cavendish e a nora de Cabral. Trata-se da empreiteira com maior número de contratos com o atual governo do estado do Rio, conforme levantamento feito pelo jornal O Dia. Somente no primeiro semestre deste ano a construtora recebeu R$ 241,8 milhões para a realização de obras, sendo que praticamente um quarto deste montante, R$ 58,7 milhões, foi pago em contratos realizados sem que a empresa tivesse que participar de concorrências públicas.

O caráter de emergência tem sido um aliado da construtora no estado. Um levantamento feito por líderes do PSDB na Alerj mostrou que o ano de 2011 é o que registrou o maior percentual de dispensa de licitação para a construtora. No primeiro ano do governador, em 2007, foram empenhados nessa modalidade R$ 10,2 milhões, 15% do valor total de contratos. Em 2008 e 2009, o percentual caiu para cerca de 3%. Em 2010, ano eleitoral, voltou a subir para 23%: R$ 127,3 milhões. A Delta, entre outras obras, está no consórcio que reconstrói o Maracanã e na construção de um novo anexo do Poder Judiciário.

O relatório da CGU, ao analisar a Concorrência 1/2010 do INTO, concluiu que algumas exigências ali contidas se traduziram “em fator limitador e restritivo à participação de potenciais concorrentes no referido certame licitatório”.

Sobrepreço de R$ 23 milhões
Na análise dos preços estimados para diversos itens da obra, a CGU constatou que eles estavam acima dos valores praticados no mercado. Tal fato gerou, em novembro do ano passado, uma Nota de Auditoria — 251219/01, de 11/11/2010 — na qual foi determinada nova pesquisa de preços, a fim de ajustar todos os valores contratados, cujos preços de referencia foram obtidos por pesquisa de mercado.

Ao responder à Nota de Auditoria, o INTO, em março deste ano encaminhou a CGU a nova pesquisa de preços elaborada pela empresa MHA Engenharia Ltda., autora do projeto da reforma do prédio. Na revisão feita, o próprio Instituto admitia um sobrepreço da ordem de R$ 13,6 milhões, já incluindo os valores cobrados em duplicidade pelo revestimento do teto e prometendo repactuar o contrato assinado com a Delta, como diz o relatório da CGU.

A auditoria, porém, constatou erro neste novo cálculo, que foi explicado no relatório da seguinte forma: “para cálculo do sobrepreço, o INTO adotou o menor valor entre o preço contratado de determinado item (paisagismo, no break, marcenaria, sistema de supervisão, etc.) e o preço total do mesmo item obtido por meio de nova pesquisa de preços realizada, não tendo sido adotado por aquele Instituto o menor valor unitário entre os valores contratados e os preços obtidos na nova pesquisa que somados totalizam o preço do item”.

Segundo o relatório, “caso os valores de referência adotados fossem os menores preços unitários entre os valores contratados junto a empresa Delta Construções S.A. e a nova pesquisa realizada pelo INTO”, o sobrepreço real sobe para R$ 26,9 milhões, já incluídos R$ 3,4 milhões relativos à previsão em duplicidade do revestimento de teto.

A nova tabela de preços tinha ainda outro vício detectado pelos auditores. Os preços dos produtos nas listas de fornecedores diferentes apresentavam sempre a mesma variação percentual levando a CGU a concluir que “inequivocamente, tais propostas não foram elaboradas isoladamente”.

O documento prossegue: “cabe ressaltar que o INTO realizou em 2011, por sua conta e risco, pagamentos à Delta Construções no valor de R$ 15.273.032, antes da realização de nova pesquisa de preços a fim de determinar o valor total de sobrepreço, restando atualmente um saldo a pagar no montante de R$ 25,3 milhões.”

Foi constatado ainda que nos valores previstos para os equipamentos o INTO trabalhou com o chamado BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) superiores ao permitido pelo Tribunal de Contas. Para os auditores, conforme as regras baixadas pelo TCU, o percentual do BDI “não poderia ultrapassar 10%, pois corresponde ao pagamento pelos serviços de mera intermediação de materiais”.

Na nova licitação incluíram ainda despesas como de revestimento do teto que já constavam da primeira etapa da obra. Além deste serviço ter sido classificado como “duplicidade”, os auditores notaram “previsão na planilha orçamentária de quantitativos para esses serviços superiores aos valores existentes nos projetos”. Ou seja, pela planilha eles pagariam por uma quantidade maior de revestimento de teto do que a metragem prevista no projeto original.

O INTO justificou a inclusão deste item no novo edital por conta de “serviços a serem contratados e executados necessitarem de acesso aos forros”. A esta justificativa a CGU se opôs de maneira clara: “uma vez executado todo o revestimento de teto, para a execução de qualquer outro sistema, não será viável tecnicamente a quebra de todo o revestimento, visto que será obrigatória a execução de diversos serviços referentes às instalações elétricas, sistemas de condicionamento de ar, etc.”.

Serviços pagos e não prestados
Os auditores constataram que o INTO desembolsou R$ 13,8 milhões por materiais e equipamentos sem a respectiva contraprestação do serviço de instalação, apesar de o contrato prever o pagamento em parcelas na medida em que fossem feitas as medições e constatados os serviços realizados. Na vistoria realizada em agosto passado, estes auditores notaram que “diversos equipamentos medidos e pagos não se encontravam no local do empreendimento”. Um exemplo foram os elevadores, que não tinham sido entregues e, segundo o próprio fiscal da obra admitiu, estariam no cais do porto aguardando liberação.

Nas suas explicações à CGU, o Instituto argumentou que “no que tange a equipamentos customizados e indisponíveis para pronta-entrega (como é o caso dos elevadores), o cronograma de pagamentos ao contratado deve corresponder ao que este deverá enfrentar no mercado, relativamente ao presumido evento de desembolsos das aquisições que deverá efetuar. Este entendimento justifica-se pelo fato de que alguns equipamentos e em especial “elevadores”, demandam certo tempo após serem contratados para que cheguem até seu local de destino”.

Apesar das explicações do Instituto, os auditores insistiram que o procedimento foi ilegal, uma vez que “o pagamento antecipado é possível, não para contemplar exigências de prestadores ou fornecedores, mas somente quando impliquem economia para o erário”. No caso em questão, afirmam que no edital da Concorrência 1/2010 não identificaram “qualquer previsão de pagamentos antecipados, e estes foram realizados pela administração do INTO sem nenhum benefício pecuniário ao erário, tampouco foram oferecidas quaisquer garantias efetivas e idôneas destinadas a evitar prejuízos à Administração pelo pagamento antecipado realizado”.

Na sexta-feira (29/7), ao ter acesso ao relatório da CGU, a reportagem da ConJur procurou a diretoria do INTO e da Delta Construtora para ouvi-las. Nesta segunda-feira (1º/8), ao final da tarde, o INTO, por meio de uma nota rejeitou todas as acusações feitas no relatório da CGU, contestando item por item e repetindo argumentos que usou na resposta à Controladoria e por ela foram rechaçados. A Delta Construtora alega que, por questões contratuais, o Instituto é quem deve se manifestar sobre o relatório do CGU.

Leia a nota divulgada pelo INTO:

“As obras foram licitadas em duas etapas: a primeira teve como objeto a obra estrutural de retrofit da antiga sede do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro; já a segunda ocorreu devido a necessidades identificadas no decorrer da primeira etapa, resultantes da especificidade do projeto e da necessidade de adequação da infraestrutura ao novo uso – instituto de ensino e pesquisa na área de traumatologia e ortopedia, cuja unidade hospitalar terá capacidade de oferecer 305 mil consultas ambulatoriais e de realizar mais de 19 mil intervenções cirúrgicas por ano.

Em ambas as etapas, foi escolhida a modalidade de licitação por preço global, no qual a ênfase está na avaliação do preço total, mais do que na avaliação de preços unitários item a item. A escolha desta modalidade de licitação teve como objetivo proteger a administração da instituição de variações futuras nos custos de produtos e serviços. Além disso, as planilhas orçamentárias com cotações prévias de produtos e serviço para a determinação dos valores globais em ambas as licitações foram encaminhadas aos órgãos de fiscalização competentes - CGU (Controladoria Geral da União) e TCU (Tribunal de Contas da União).

Nos dois processos licitatórios, o valor contratado ficou 15,8% e 3,4%, respectivamente, abaixo da cotação de preços feita pelo Into para balizar os custos da licitação.

Não houve antecipação de pagamento. A obra foi medida e paga por meio de liberação de etapas especificas pré definidas de acordo com o cronograma físico financeiro estabelecido na licitação. No que tange a equipamentos customizados, como por exemplo os elevadores, cuja fabricação é específica para cada local, o pagamento ocorreu em parcelas ao longo do contrato, sendo a última liberada após a conclusão total dos mesmos.

Não houve duplicidade de pagamentos. Para a segunda licitação considerou-se a possibilidade de que alguns serviços contemplados no primeiro contrato tivessem que ser complementados devido às novas intervenções, tais como uma nova colocação de forros para execução de serviços de adequação elétrica, por exemplo. No decorrer do processo, tornaram-se desnecessárias tais complementações. Por isso, os quantitativos desses itens não foram utilizados e, consequentemente, não foram pagos.

Cabe esclarecer que alguns equipamentos não foram localizados no canteiro quando houve a vistoria, pois encontravam-se na Receita Federal, conforme comprovado por meio de documentos de importação.

Até a presente data, todos os serviços e equipamentos pagos foram atestados pela fiscalização do contrato e encontram-se fornecidos, instalados e testados.

Todo o processo de licitação para a construção da nova sede do Into foi conduzido de acordo com as regras da Lei nº 8.666 e o Into vem mantendo contato permanente com os órgãos de fiscalização e fornecendo todos os esclarecimentos sempre que solicitado”.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Amigos do peito

Na vida é tão bom ter amigos
A gente precisa de amigo do peito
Amigo de fé, amigos-irmãos
Iguais a eu e você (...)

Não, não vou falar sobre a música tema do Criança Esperança, um programa decente, digno, que ajuda diversas pessoas realmente necessitadas.
Vamos falar sobre os amigos do peito do Cabral. Estes recebem muito mais benefícios do que as crianças. É triste e revoltante, mas vamos lá.
Segue denúncia do blog do Garotinho, ressaltando os principais atores do governo (e amigos) de Sérgio Cabral.
Segue.

Adriana Ancelmo Cabral – a esposa de Cabral
O escritório de advogacia, do qual é sócia majoritária, tem como clientes, empresas concessionárias de serviços públicos estaduais e outras que têm contratos de prestação de serviços com o Estado. O Metrô e a Supervia, apesar dos caóticos serviços prestados, conseguiram por intermédio de Adriana, que o marido, Cabral, renovasse por mais 30 anos os contratos de concessão. A esposa de Cabral também advoga para o Grupo Facility, do “Rei Arthur”, que tem contratos de mais de R$ 1,5 bilhão com o governo Cabral. A mulher de Cabral representa os interesses jurídicos de várias empresas que têm contratos milionários com o Estado e dependem de decisões do governador.


Mauricinho Cabral, o irmão de Cabral que se move nas sombras
Mauricinho Cabral, o irmão de Cabral que se move nas sombras

Mauricinho Cabral – o irmão de Cabral
Esse é um personagem que se move nas sombras, mas toda a mídia conhece muito bem, e protege por interesse próprio. É publicitário e não tem nenhum cargo no governo. Mas é ele que controla a milionária verba de publicidade e se reúne com o pessoal dos grandes veículos de comunicação. Usa a agência FSB para distribuir as verbas e comprar a blindagem do irmão Cabral.



O vice que virou alma gêmea nos negócios

O vice-governador e secretário de Obras, Pezão, hoje chamado de Mão Grande
O vice-governador e secretário de Obras, Pezão, hoje chamado de Mão Grande

Luiz Fernando Pezão – o vice-governador
É o homem que cuida das Obras do Estado e negocia os contratos milionários e está sujo dos pés grandes até a cabeça, passando pelas mãos ainda maiores, que lhe rendem o apelido de “Mão Grande”. Usa seu subsecretário, Hudson Braga para fazer a ponte com as empreiteiras, menos a Delta, que é linha direta Cabral – Fernando Cavendish. Está enrolado no TCU por conta do contrato da DELTA, das obras do Arco Rodoviário. Um escândalo de superfaturamento. É o responsável pela reforma do Maracanã e vai ter que responder por que mandou pagar R$ 8 milhões à DELTA antecipadamente, antes mesmo de realizar algumas intervenções previstas no contrato. Está metido numa negociata da desapropriação de um imóvel em Barra do Piraí, que pertencia à família de sua mulher, foi super avaliado e em seguida desapropriado por um valor muito acima do mercado.



Os amigos e braços-direitos nos negócios

Com Cabral desde a ALERJ, Régis Fichtner é quem faz a ponte com a Justiça e o MP, além de muitos negócios
Com Cabral desde a ALERJ, Régis Fichtner é quem faz a ponte com a Justiça e o MP, além de muitos negócios

Régis Fichtner – o secretário da Casa Civil
É um dos braços-direitos de Cabral desde que ele era deputado na ALERJ. Responsável pelas negociatas de imóveis desapropriados do banqueiro Daniel Dantas, denunciadas pela revista Carta Capital. O banqueiro ganhou milhões graças à generosidade da caneta de Cabral negociada com Régis Fichtner. Acertou e foi o autor da chamada Lei Luciano Huck, que legalizou centenas de imóveis de luxo construídos em área de preservação de Angra dos Reis, beneficiando o apresentador e muita gente graúda. É o interlocutor com a Justiça e o Ministério Público.


Wilson Carlos com dinheiro escondido em paraíso fiscal na China
Wilson Carlos com dinheiro escondido em paraíso fiscal na China

Wilson Carlos – o secretário de Governo
Amigo de Cabral desde os tempos de estudante é o homem que cuida dos negócios com os políticos. É o outro braço-direito. Cuida do toma lá dá cá de Cabral. Foi flagrado em uma investigação da Polícia Federal como possuidor de contas em paraísos fiscais na China, não declaradas. Segundo investigação do MPF teria recebido R$ 834 mil de uma empreiteira que fez obras do Metrô.



Os secretários bons de negócios

O milionário Sérgio Côrtes e a mulher Verônica, no nome de quem colocou sua mansão
O milionário Sérgio Côrtes e a mulher Verônica, no nome de quem colocou sua mansão

Sérgio Côrtes – o secretário de Saúde
Esse é o campeão de negócios sujos. Grupo Facility, TOESA e as ambulâncias, TCI, Barrier e os remédios. Mansão, cobertura, joalheria. Luxos milionários que não têm como ser explicados.


Beltrame, escutas clandestinas fazem com que tenha muita gente graúda na mão
Beltrame, escutas clandestinas fazem com que tenha muita gente graúda na mão

José Mariano Beltrame – o secretário de Segurança
Responsável pelo contrato de aluguel dos carros da PM, a negociata com a Julio Simões cujo valor pago por viatura dá para comprar duas novas por ano. Acusado por seu ex-subsecretário de fazer escutas ilegais. Numa afronta à Constituição ganha mais que ministro do STF acumulando indevidamente salário da Polícia Federal. É o responsável pela política de acordos com as milícias. Tinha como assessores de confiança um falso tenente-coronel do Exército e o miliciano Chico Bala. Abafou as investigações da corrupção na Polícia Civil descobertas pela Operação Guilhotina e com medo da ameaça de revelações do delegado Allan Turnowski, de acusador virou sua testemunha de defesa. Turnowski sabe as relações de Beltrame com as milícias, que estão por trás da farsa das UPPs.


Wilson Risolia, o homem que está à frente dos negócios que vão destruindo a educação no Estado do Rio de Janeiro
Wilson Risolia, o homem que está à frente dos negócios que vão destruindo a educação no Estado do Rio de Janeiro

Wilson Risolia – o secretário de Educação
O economista do mercado imobiliário que desde o início do ano toca os negócios milionários de aluguel de aparelhos de ar condicionado e outros equipamentos; além das compras superfaturadas de computadores e outros.


Julio Lopes com Cabral numa viagem à Europa
Julio Lopes com Cabral numa viagem à Europa

Julio Lopes – o secretário de Transportes
O homem que negocia com as empresas de ônibus, além do Metrô, das Barcas e da Supervia. Está por trás de toda a proteção às empresas e manda os passageiros terem paciência.



Os empresários parceiros de negócios

O "Rei Arthur", o empresário Arthur Cesar é um homem discreto que foge dos holofotes, reside em Miami e não tira fotos
O "Rei Arthur", o empresário Arthur Cesar é um homem discreto que foge dos holofotes, reside em Miami e não tira fotos

Arthur Cezar de Menezes Soares Filho, o “Rei Arthur” – Grupo Facility
O poderoso “Rei Arthur” vive escondido em Miami, numa mansão milionária – dizem que tem medo de ser preso no Brasil - e chegou a abrir uma filial do Porcão na cidade americana, para satisfazer seu gosto por churrasco. Tem no governo Cabral contratos de prestação de serviços que ultrapassam R$ 1,5 bilhão, muitos sem licitação. Tem funcionários terceirizados em praticamente todas as áreas do governo Cabral, além do Ministério Público e da Polícia Federal. Cabral viaja no seu jatinho e já se hospedou mais de uma vez na sua mansão de Miami.


O amigo dono da Delta: R$ 1 bilhão em contratos com Cabral, mais quase R$ 400 milhões com Eduardo Paes
O amigo dono da Delta: R$ 1 bilhão em contratos com Cabral, mais quase R$ 400 milhões com Eduardo Paes

Fernando Cavendish – Empreiteira Delta
Esse é o segundo mais poderoso empresário do grupo de Cabral pelo valor dos contratos, R$ 1 bilhão, grande parte sem licitação. Mas é o primeiro no coração de Cabral que intermediou a entrada da Delta em mais contratos milionários da prefeitura do Rio, além de outras. Está em maus lençóis depois de tudo o que está vindo à tona, por conta do acidente de helicóptero da Bahia. Segundo a revista Veja, bate no peito pra dizer que pode comprar políticos. De pequeno empreiteiro virou o campeão de obras no Rio, sob a benção do amigo Cabral, também seu vizinho do condomínio PortoBello, como o secretário de Sérgio Côrtes.



Os aliados políticos e sócios nos negócios

Cabral confraterniza com os irmãos Natalino e Jerominho, em festa da milícia Liga da Justiça, que eles comandam na Zona Oeste
Cabral confraterniza com os irmãos Natalino e Jerominho, em festa da milícia Liga da Justiça, que eles comandam na Zona Oeste

Natalino e Jerominho – Os irmãos milicianos ex-políticos cassados
Um ex-deputado, o outro ex-vereador. Chefes da milícia Liga da Justiça fizeram acordo político com Cabral, que andava com eles pra cima e pra baixo e até cantou com eles num palanque na Zona Oeste. Depois foram traídos por Cabral que não confiava neles, e que usou a milícia rival de Chico Bala, por sugestão de Beltrame para destroná-los


Cabral e Paes unidos em tudo, até nos negócios com o Grupo Facility e a empreiteira Delta
Cabral e Paes unidos em tudo, até nos negócios com o Grupo Facility e a empreiteira Delta

Eduardo Paes – O prefeito do Rio
Afilhado político de Sérgio Cabral. Retribuiu o apoio do padrinho fraqueando os contratos da prefeitura aos amigos de Cabral, “Rei Arthur” (Facility) e Fernando Cavendish (Delta). Os dois multiplicaram por muitas vezes seus negócios com a prefeitura de Paes.


Jorge Picciani, o fiel defensor de Cabral na ALERJ e parceiro de muitos negócios
Jorge Picciani, o fiel defensor de Cabral na ALERJ e parceiro de muitos negócios

Jorge Picciani – O presidente do PMDB e ex-presidente da ALERJ
O homem que deu sustentação política a Cabral na ALERJ, durante os quatro anos que a presidiu. Barrou qualquer tentativa de investigação. Nos bastidores tentou de todas as formas, destruir adversários de Cabral, que podiam atrapalhar os negócios. Participa ativamente do governo Cabral. A secretaria de Educação é dele, e está por trás dos contratos da compra de computadores superfaturados e de aluguel de ar de condicionado. A empresa INVESTIPLAN, que pertence a Paulo Trindade, sócio de Picciani em negócios de gado, detém mais de 90% dos contratos de informática do governo Cabral. A INVESTIPLAN também está envolvida no Mensalão do Arruda, no Distrito Federal


Paulo Melo, recordista de aumento de patrimônio e milionário da Região dos Lagos
Paulo Melo, recordista de aumento de patrimônio e milionário da Região dos Lagos

Paulo Melo – O presidente da ALERJ
O presidente da ALERJ era até o ano passado o Líder de Cabral e quem comandava a tropa de choque que protegia o governador. De vendedor de cocadas virou um dos maiores milionários da Região dos Lagos, onde os contratos do governo Cabral passam pela sua negociação. É o campeão da multiplicação do patrimônio pessoal entre os presidentes de assembléias legislativas do país, segundo revelou recente reportagem. Dono de inúmeros imóveis adquiriu recentemente uma fazenda milionária em Rio Bonito e é dono de hotel, em Araruama. Segundo ele ficou rico ganhando comissões como corretor de imóveis na Região dos Lagos.

Olha, e isso é apenas um breve resumo das participações de cada personagem. Esse é o time de Cabral que comanda o mar de lama no nosso Estado. Convenhamos que só pelo que mostrei aqui, e pelas pessoas envolvidas, da família e os principais cargos-chave do governo, o escândalo do impeachment de Collor e do Mensalão do Arruda, no Distrito Federal não chegam nem perto. Ou como definiu há algum tempo o jornalista Cláudio Humberto, os dois primeiros casos parecem “Sessão da Tarde” perto do que acontece nas entranhas do governo Cabral.

Com toda a sinceridade, depois de tudo o que mostrei, e após tudo o que já veio à tona desde o acidente de helicóptero da Bahia, quem não se indignar, não se levantar contra o governo mais corrupto da história do Rio de Janeiro e o governador que está assaltando os cofres públicos, ou está levando alguma vantagem ou é completamente alienado.

domingo, 11 de setembro de 2011

Cabral ou professor: quem é o vagabundo?

Vejam este vídeo extraído do Blog do Ricardo Gama.
Nele, o blogueiro denuncia que, mais uma vez, o (infelizmente) governador Sérgio Cabral xingou os professores de "vagabundos".
Para deixar claro, sou professora e trabalho muito mais do que ele por muito menos. Eu não viajo a passeio com dinheiro de aluno e volto com dinheiro de escola*. Afinal, quem é vagabundo, o professor ou nosso atual governador?

*Lembro a todos que Sérgio Cabral foi para a festa de um empreiteiro (Cavendish, da Delta) na Bahia com jatinho do Eike (EBX) e, depois do acidente, retornou para o Rio com avião do estado.

Segue vídeo.
Abraços!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Garotinho denuncia Adriana e Sérgio

Esta matéria foi retirada do blog do Garotinho.
Desde já esclareço que não apoio o Garotinho. Pelo contrário, não acredito na sua honestidade.
Mesmo assim, vale a pena ler a denúncia.

A incrível história do apartamento de Adriana Ancelmo no Leblon

Adriana Ancelmo e o prédio onde fica o apartamento que vale pelo menos R$ 4 milhões
Adriana Ancelmo e o prédio onde fica o apartamento que vale pelo menos R$ 4 milhões



A ex-senhora Cabral, a advogada Adriana Ancelmo, segundo o seu agora ex-marido, é “a melhor advogada do Brasil”. Ele sabe do que está falando porque uma coisa ninguém pode negar, ela é a dona do escritório de advocacia que mais cresce no Brasil. E isso não sou eu quem está afirmando. Basta relembrar a denúncia do Estadão, que mostrou que o seu escritório, em 2006, antes de Cabral assumir o governo era formado por ela, o primeiro ex-marido e um sócio, não tinha um único advogado contratado. No primeiro ano de Cabral o escritório contratou logo 23 advogados e pulou de 506 ações em 2007 para 9.800 ações, em 2008, um crescimento extraordinário de 1.836%. Todos sabem que esse milagre da multiplicação dos clientes se deu por conta de concessionárias de serviços públicos, como o Metrô e a Supervia; prestadores de serviços do Estado, como o grupo Facility e muitos interessados em negócios que dependiam da caneta de Cabral, como o apresentador Luciano Huck, que depois de contratar o escritório de Adriana Ancelmo ganhou de Cabral um decreto pra chamar de seu, sim, porque foi um decreto por encomenda que legalizou sua mansão em Angra, que estava foi construída ilegalmente.

Faço essa introdução para vocês entenderem melhor a história do luxuoso apartamento da rua Aristides Espínola, nº 27, 401, onde morou o casal Cabral enquanto estava junto, e que agora é a residência de Adriana Ancelmo. Vamos aos fatos.

Conforme poderão constatar pelos documentos abaixo (trechos das escrituras), o apartamento foi comprado no nome de Adriana no dia 21/01/2004, dois meses e meio antes do casamento com CABRAL, que aconteceu no dia 03/04/2004. É bom ressaltar que os dois viviam juntos há 3 anos, mas só em 2004 oficializaram a união. Na época Adriana Ancelmo era assessora da Presidência da ALERJ, com um salário médio e o seu escritório de advocacia era uma pequena sala com meia dúzia de clientes, muito longe do andar luxuoso de hoje, e da invejável carteira de clientes. Pessoas que trabalhavam com ela na ALERJ se surpreenderam como conseguiu juntar dinheiro para comprar o luxuoso apartamento no Leblon?

Agora, o mais surpreendente. O apartamento comprado por R$ 1,3 milhão foi pago à vista por Adriana Ancelmo. Deve ter dado uma sorte danada nos investimentos! Não é inacreditável?

Já ouvi duas versões sobre a compra do apartamento. Uns dizem que teria sido um presente de Cabral, uma espécie de acordo pré-nupcial, e outros, que Cabral queria esconder o apartamento. Bem, isso são especulações que circularam nos corredores da ALERJ. Isso é não sei. Mas de uma coisa estou certo: se tivesse sido Rosinha a comprar um apartamento à vista por R$ 1,3 milhão, dois meses antes de se casar comigo, uma tropa de choque do MP estaria vasculhando a origem do dinheiro.

É claro, que o MP vai ligar tanto para esse fato estranho, como Ricardo Teixeira liga para as críticas de parte da imprensa. Mas deixo a pergunta no ar: Como Adriana Ancelmo conseguiu R$ 1,3 milhão para comprar à vista o apartamento do Leblon? E é bom destacar o detalhe que esse preço está subavaliado porque aquele apartamento do Leblon não vale menos do que R$ 4 milhões.

Existem aí dois mistérios: de onde veio o dinheiro e por que até agora ninguém questionou o preço do apartamento?


As duas escrituras do 23º Ofício de Notas, do mesmo dia, são porque o apartamento tinha herdeiros, isso é operação normal. Pagou R$ 700 mil numa escritura e R$ 600 mil em outra
As duas escrituras do 23º Ofício de Notas, do mesmo dia, são porque o apartamento tinha herdeiros, isso é operação normal. Pagou R$ 700 mil numa escritura e R$ 600 mil em outra


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

UPP: a máquina de fazer dinheiro

Lendo e refletindo bastante, percebi que as UPPs são grandes máquinas de fazer dinheiro.
Olha que interessante, muita gente ganha: o governador, o vice, os empresários (Metalúrgica Valença) e também... OS TRAFICANTES!!!
Sim, eles mesmos! Reparem: o tráfico permanece nas unidades pacificadas. A grande diferença é que os traficantes não precisam mais investir nos famosos "soldados do tráfico". Não há mais guerra! Diminuíram os tiros, ameaças, propinas (bem, estas eu não tenho certeza...), gastos com pessoal, armas... Por outro lado, os usuários sentem mais segurança ao procurarem a boca de fumo e comprar drogas, já que não há o risco iminente de tiroteio.
Realmente o Rio está mais seguro. Para QUASE todos.
Abraços!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A tragédia de Santa Teresa

Tragédia sim. Não só pelo número de mortos (6 ao todo) ou pelo número de feridos, mas pelo descaso em relação aos transportes públicos e à população como um todo.
Enquanto empresários lucram absurdos com obras emergenciais durante o "regime Cabral" (sim, ele é um ditador), a população sofre tais tragédias.
Ressalto que o bondinho não é usado apenas pela população local, mas também por turistas que querem conhecer um dos bairros mais tradicionais do Rio - que também tem uma vista maravilhosa. Como receberemos as Olimpíadas e a Copa do Mundo, eventos internacionais com grande fluxo de pessoas do mundo inteiro, se não temos infra-estrutura suficiente para atender o fluxo normal de trabalhadores e turistas em baixa temporada?
Demonstrando a total falta de respeito pela população que já conhecemos, Sérgio Cabral só se manifestou 4 DIAS depois da tragédia. E não decretou luto oficial em função das mortes.
Segue abaixo matéria do Estado de São Paulo (01/9/2011) sobre o protesto realizado por moradores de Santa Teresa. Espero, de coração, que a população do Rio de Janeiro lute para retirar este safado do poder e que NÃO REELEJA o "filho" dele, Eduardo Paes.

Meus sentimentos à todos os afetados direta ou indiretamente por esta tragédia.
Abraços!

Moradores de Santa Teresa protestam contra o descaso do governo com bondinhos

Tiago Rogero - estadão.com.br

RIO - Moradores de Santa Teresa, ferroviários, vítimas e parentes fazem um protesto na manhã desta quinta-feira, 1°, contra o acidente de sábado, que matou cinco pessoas e deixou 57 feridas, e o descaso do governo do Estado com a manutenção dos bondinhos. O transporte, suspenso desde a tragédia por tempo indeterminado, completa hoje 115 anos.

Moradores já haviam protestado no domingo - Tasso Marcelo/AE
Tasso Marcelo/AE
Moradores já haviam protestado no domingo

"Queremos a exoneração imediata do secretário de Transportes, Júlio Lopes", disse a presidente da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast), Elzbieta Mitkiewicz. Parentes do motorneiro Nelson Correia da Silva, que morreu no acidente, participaram do protesto. A esposa dele, Dulce, de 52 anos, que chorava muito, passou e foi amparada pelo filho, Nelson Araújo, de 31 anos.

"Estou aqui para defender a honra do meu pai. Estão usando ele como bode expiatório para o que aconteceu. Ainda não há sequer um laudo, como ele (Júlio Lopes) pode culpar o meu pai? Agora ele está morto, não pode se defender. Ele amava o trabalho. Era a vida dele", disse Nelson.

A Amast fez o batismo simbólico da estação Carioca dos bondinhos, no Centro do Rio, como "Estação Motorneiro Nelson Correia da Silva". Uma grande faixa com a foto do maquinista foi exposta com a pergunta: "Você vai deixar que coloquem a culpa nele?"

As dezenas de pessoas, com faixas e balões negros, seguiram pelas ruas do Centro aos gritos de "Fora, Júlio Lopes", "Fora, Cabral" e "Não à privatização". Ontem, o interventor dos bondes nomeado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), Rogério Onofre, afirmou que o transporte pode ser privatizado ou municipalizado.

Aniversário. Nesta quarta-feira faz 115 anos que um bonde passou pela primeira vez sobre os Arcos da Lapa rumo a Santa Teresa. Movido a eletricidade, ele inaugurava a fase moderna desse meio de transporte. Antes de 1896, já havia bondes no bairro, mas eram puxados por mulas e, embora deslizassem sobre trilhos, não circulavam sobre os Arcos, cuja função original era distribuir a água do Rio Carioca pela cidade.