domingo, 31 de julho de 2011

Peregrino denuncia Cabral

Durante o debate para governador, realizado em 2010, o então candidato Fernando Peregrino denunciou o cancelamento indevido de multas aplicadas à Telemar (R$ 836 milhões), empresa que é defendida pelo escritório de sua esposa, Adriana Ancelmo Cabral (Coelho, Ancelmo e Dourado Advogados).
Curioso, não é mesmo? Percebam que tudo isso ocorreu no PRIMEIRO MANDATO do Sérgio Cabral. Imaginem o que nos espera daqui em diante?

Assistam:

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Eduardo Paes também prefere a Delta!

Matéria do Globo fala sobre o crescimento das obras da Delta (Fernando Cavendish) na prefeitura do Rio durante o governo do Eduardo Paes.
É como diz o ditado: "Tal pai, tal filho". Eduardo Paes segue direitinho os passos do "papai" Cabral.

Segue matéria:

Contratos sem licitação do município com a Delta mais do que dobraram na atual

gestão

Ruben Berta (rberta@oglobo.com.br)

Publicada em 23/06/2011 às 23h57m

No Morro dos Prazeres, o muro de contenção de encosta construído pela prefeitura: a obra feita pela Delta no ano passado, sem licitação, custou R$ 5,4 milhões (Foto: Carlos Ivan / Agência O Globo)
RIO - Com quase um quarto de seus empenhos no governo estadual obtido com dispensa de licitação este ano, a Delta Construções também vem tendo um desempenho de destaque nessa modalidade na prefeitura do Rio. Dados levantados pelo gabinete da vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB) mostram que entre os anos de 2002 e 2008, na gestão de Cesar Maia, a construtora conseguiu R$ 14,3 milhões em contratos emergenciais. Já no período Eduardo Paes (janeiro de 2009 a junho de 2011), segundo levantamento da própria prefeitura, foram R$ 36,6 milhões, mais do que o dobro. O crescimento foi de 155%. O valor corresponde a 11,4% do total da Delta na atual gestão (R$ 320 milhões).
No ranking das obras sem licitação da gestão de Eduardo Paes, enviado ao GLOBO pela prefeitura, a Delta aparece em terceiro lugar. A primeira posição é ocupada pela empreiteira OAS, com R$ 70,5 milhões. Em segundo lugar está o grupo Zadar, com R$ 44,8 milhões. Em quarto, vem a Carioca Engenharia, com R$ 34,5 milhões. Em seguida, aparece a Lo Graça, com R$ 22,7 milhões. Somada, a lista das dez primeiras construtoras com mais contratos emergenciais - que tem ainda Dimensional, York, Metalúrgica Valença, DAS e Queiroz Galvão - chega a R$ 276 milhões. O total de obras sem licitação de janeiro de 2009 até hoje, de acordo com a prefeitura, foi de R$ 417 milhões. Ou seja, a Delta teve cerca de 8%.

No valor total de obras contratadas, o desempenho da Delta também é crescente. Números enviados pela assessoria de imprensa de Paes mostram que, de 2001 a 2008, na era Cesar Maia, a empresa acumulou contratos de R$ 530 milhões. Ou seja, a média mensal foi de R$ 5,5 milhões. Se levada em conta a inflação do período, o valor subiria para R$ 673 milhões, ou R$ 7 milhões/mês, ainda segundo os cálculos da prefeitura. Na gestão de Paes, de 2009 até hoje, sem levar em conta a inflação do período, foram R$ 320 milhões acumulados, uma média de R$ 10,6 milhões por mês.

Fortes chuvas como justificativa

A assessoria de Paes justifica o crescimento da Delta através da própria quantidade de obras que o município vem realizando. Segundo a prefeitura, há contratos em execução na atual gestão de R$ 9,5 bilhões. Nesse universo, a Delta fica com 3,4% do total. Não foi informada a posição da empresa no ranking do total de obras.

Em relação às obras sem licitação, a prefeitura alega que a dispensa foi necessária, no ano passado, por causa das fortes chuvas no Rio. Somente para esse fim, foram aplicados mais de R$ 300 milhões. Outro ponto questionado é que o levantamento das contas de Cesar, feito pela vereadora, não contou a inflação acumulada.

Uma série de ações de prevenção de enchentes na Praça Seca foi a obra na qual a prefeitura mais gastou com a Delta, sem realizar concorrência: R$ 28 milhões. Outro exemplo é a contenção de encostas nos morros dos Prazeres e Fogueteiro, em Santa Teresa: R$ 5,4 milhões. Ontem, quando repórteres do GLOBO estiveram no local das obras, encontraram cartazes colocados pelos moradores no muro de contenção cobrando mais atenção das autoridades para as favelas.

Apesar de Paes ter enfrentado a forte enchente do ano passado, a gestão de Cesar também contou com momentos críticos, como em janeiro de 2006, quando um temporal deixou 11 mortos e alagou dezenas de ruas.

A Delta enviou nota em que diz que "não há como comparar oito anos de uma gestão com dois anos e meio de outra, em períodos diferentes da economia". A empresa afirmou "que sua atividade sempre foi pautada pela legalidade e as obras realizadas pela empresa foram executadas com qualidade técnica e dentro do prazo".

A Câmara já está se movimentando para apurar a participação da Delta na prefeitura. Líder do PSDB, Teresa Bergher vai solicitar ao Tribunal de Contas que faça inspeções em todos os contratos com a empresa.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/06/23/contratos-sem-licitacao-do-municipio-com-delta-mais-do-que-dobraram-na-atual-gestao-924760565.asp#ixzz1QtUpHpUq
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quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Código de Conduta já existe, governador

Não é necessário criar nada: já existe um código de conduta que poderia ter sido usado como base pelo (infelizmente) governador Sérgio Cabral.
Aliás, nem precisava ter nada escrito para perceber que havia uma "troca de favores" entre os empresários Eike Batista e Fernando Cavendish (DELTA) e o governador do estado do Rio de Janeiro.
A situação é tão complicada que até salão de beleza frequentado pela esposa de Cabral foi beneficiado por renúncia fiscal.
Será que precisa de um código de conduta ou o bom senso e a ética já deveriam ter sido usadas para Sérgio Cabral perceber que tudo isso é IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA?
Segue matéria do Globo sobre o assunto.

Cabral alega falta, mas leis para orientar governantes já existem

Publicada em 29/06/2011 às 23h49m

Luiz Ernesto Magalhães (luiz.magalhaes@oglobo.com.br) e Natanael Damasceno (natand@oglobo.com.br)Cabral saindo da cerimônia de cremação de Jordana Kfuri Cavendish, uma das vítimas da queda do helicóptero na Bahia (Foto: Marco Antonio Cavalcanti / Agência O Globo)

RIO - Embora o governador Sérgio Cabral tenha alegado que falta ao estado um código que determine limites para sua conduta na esfera privada , a legislação estadual já tem textos que poderiam balizar os limites de suas relações. Além do decreto federal 4.081 de 2002, assinado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, que institui um código de ética para o presidente e para o vice-presidente da República (citado por Cabral na entrevista), textos como a lei 8.429, de 1992, que define o que pode ser enquadrado como improbidade administrativa, e o próprio estatuto dos servidores do estado listam o que se deve esperar de um funcionário público no exercício da função.

De acordo com a vereadora Sonia Rabelo (PV), professora titular de direito administrativo da Uerj, embora as duas leis não se refiram especificamente ao governador, elas oferecem um parâmetro de ética a ser seguido. Ela lembra ainda que o artigo 9 da lei 8.429 classifica como improbidade o recebimento de vantagem econômica, direta ou indireta, na forma de presentes "de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público".

- Uma viagem num avião particular é um presente, na minha opinião. A questão é que tem de ser entendido que essa lei não se aplica a agentes políticos. Mas e se fosse um assessor no lugar do governador? É provável que, nesse caso, o Ministério Público quisesse enquadrá-lo - disse Sonia.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/06/29/cabral-alega-falta-mas-leis-para-orientar-governantes-ja-existem-924803083.asp#ixzz1QtRMUd00
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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Diga aí, Cabral

Olha que matéria interessante pulicada no Blog do Noblat (tem um link para o blog mais abaixo, no canto direito da tela). Reparem as perguntas feitas para Sérgio Cabral. Resta saber onde estão as respostas.
Detalhe: Noblat é colunista do Globo. Sinal de mudança? Tomara.
Já estava na hora das máscaras caírem. Nosso país alcançará o real desenvolvimento quando cobrarmos dos nossos representantes ética, transparência e respeito ao patrimônio e aos eleitores.

Segue o texto do Noblat.

Diga aí, Cabral!


Governador Sérgio Cabral: minha solidariedade. Fora a perda de um filho, nada dói mais do que ver um filho sofrer. Tenho um que perdeu a namorada em acidente de carro. E foi ele quem encontrou o corpo.

O senhor fez bem em licenciar-se do cargo para ficar ao lado do seu filho. Pezão, o vice, dá conta do recado. É eficiente. Está acostumado.

Só não escale Pezão para responder perguntas que apenas ao senhor cabe responder. Não são poucas. E estão na boca das pessoas que ainda se preocupam com as parcerias público-privadas entre políticos, seus amigos e benfeitores.

Sou do tempo em que os políticos escondiam amantes, tesoureiros de campanha e empresários do peito.

Amantes ainda são mantidas à sombra – embora algumas delas, de um tempo para cá, tenham protagonizado barulhentos escândalos. Outras morrem sem abrir o bico.

Tesoureiros? Esses se expõem ao sol sem o menor pudor. São reconhecidos em toda parte. E fingem que abdicaram de cometer antigos pecados. Pois sim! Acredite...

Quanto a empresários do peito... Liberou geral.

Direto ao ponto: por que o senhor viajou a Porto Seguro, acompanhado de parentes, em jatinho cedido por Eike Batista, dono de muitos negócios que dependem do interesse ou da boa vontade do governo do Rio de Janeiro?

Foi o senhor que pediu o jatinho emprestado? Foi Eike quem ofereceu? Se ele ofereceu como soube que o senhor precisava de um?

Há vôos comerciais diários para Porto Seguro. Por que não embarcou em um deles pagando do próprio bolso a sua passagem e as de seus familiares?

O jato de Eike decolou com o senhor do aeroporto Santos Dumont às 17h da última sexta-feira dia 17. O vôo 3917 da TAM decolou antes – às 10h15. Nele, o senhor teria chegado ao seu destino às 14h16.

Não considera indecoroso viajar a custa de um empresário que em 2010 doou para sua campanha R$ 750 mil? Um empresário beneficiado por isenções concedidas por seu governo?

Foi por isso que sua assessoria, no primeiro momento, negou que o senhor tivesse voado para Porto Seguro? Foi por isso que o senhor preferiu voltar em um jatinho alugado por seu governo?

Se a autoridade máxima de um Estado pede ou aceita favores de empresários não será compreensível que seus secretários também aceitem, igualmente os subsecretários, chefes de gabinetes, chefes de repartições – e assim por diante?

Que diferença existe entre um agrado feito com dinheiro e outro com gasolina e conforto?

O que o levou a Porto Seguro foi a comemoração de mais um aniversário do empresário Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta Construções, cujos contratos abocanhados para obras durante seu governo valem em torno de R$ 1 bilhão. Somente no ano passado a Delta ganhou 18 contratos – 13 deles sem licitação.

Em momento algum o senhor imaginou que não pegaria bem comparecer a um evento promovido por quem tanto lhe deve?

Um homem público não deveria saber distinguir entre prestadores de serviços ao Estado e amigos pessoais? A mistura do público com o privado não acabaria por causar sérios danos à sua imagem?

Quem acreditará que Cabral, amigo de Cavendish, nada tem a ver com Cabral, governador do Rio e cliente de Cavendish?

E onde mesmo seria a festa de aniversário do empresário? No Jacumã Ocean Resort, de propriedade do piloto Marcelo Mattoso de Almeida – um ex-doleiro acusado de fraude cambial há 15 anos.

Marcelo foi dono da empresa First Class, acusada de ter cometido crime ambiental na praia do Iguaçu, na Ilha Grande, em Angra dos Reis.

Sinto muito, governador, mas é com esse tipo de gente que o senhor anda? É a esse tipo de gente que o senhor não se constrange em ficar devendo favores?

Eike Batista disse que cedeu seu jatinho ao senhor com “satisfação” e “orgulho”. E que é livre para selecionar suas amizades.

Lembrou-me a rainha francesa Maria Antonieta, no Palácio de Versalhes, mandando o povo comer brioches às vésperas da revolução que a guilhotinou.

Se quiser ser levado a sério, o homem público que deve seu mandato ao povo está proibido de desfrutar do mesmo grau de liberdade.

Reflita com calma a respeito, Cabral. E não deixe uma só dessas perguntas sem resposta.

domingo, 24 de julho de 2011

Antes da eleição

Antes mesmo do resultado das eleições 2010, já estava circulando no youtube um vídeo intitulado: "Por que Sérgio Cabral elogia tantos corruptos?", postado por Daniel Fraga. No link original, aparece uma série de reportagens comprovando cada acusação feita.
Vale a pena conferir:

sábado, 23 de julho de 2011

O Rio de Pezão

Observem matéria publicada no Blog do Gabeira, no Estadão, no dia 20 (quarta-feira).
Dizer há sujeira no governo Cabral ainda é pouco.

Abraços!

Um Rio diferente do cartão postal

O que está acontecendo no Rio, em termos de segurança, não é nada de especial. Mas houve uma propaganda tão intensa em torno das UPPs que as pessoas chegaram a pensar que todos os problemas estavam resolvidos.

E não estavam. Os fatos da semana revelam. Numa área onde havia UPPs, um hotel cinco estrelas foi assaltado. Executivos da Nike e alguns delegados dos Jogos Militares estão entre as vítimas.

Ontem, aconteceu um fato mais surpreendente. Cinco mil reais foram roubados da gaveta do diretor do Departamento Geral de Policia Especializada, delegado Márcio Franco.

E a própria policia revelou que o menino Juan Moraes, objeto de intensa campanha dos movimentos pelos direitos humanos, foi morto pelos PMS, com bala de fuzil, e não há sinais de confronto na operação.

As UPPs são admiradas pela imprensa e classe média do Rio. Elas mesmas, apesar de se apresentarem como solução, começam a criar problemas.

Uma reportagem de O Globo mostrou que suas estruturas de lata custam mais que estruturas de alvenaria. E a Veja mostrou que a empresa incumbida de construir não só UPPs como UPAs, a Metalúrgica Valença, é uma empresa de fachada.

A empresa ganhou um terreno , simulou a construção da fábrica, mas produz mesmo em outro lugar. O objetivo da manobra é evitar o pagamento de uma parte do imposto.

Impossível que depois de tanto comprar estruturas de lata, o governo não tenha visitado o lugar onde são feitas, nem inspecionado o processo.

O vice-governador Luis Fernando Pezão, também muito admirado pela sua capacidade de trabalho, aparece,hoje no portal da Veja como amigo do dono da empresa, Ronald de Carvalho, que, apesar de não ter construído a fábrica, fez várias doações para campanhas políticas.

Na sonegação de impostos, pegadas do vice Luis Fernando Pezão.(foto FG)

Quem conhece bem toda essa história são alguns parlamentares do Rio. Um deles apresentou a emenda colocando Valença na área de isenção. Em seguida, a produção que se dá em outro lugar, passou a ser considerada como made in Valença. Milhões de reais que foram sonegados com a operação.

O deputado Luiz Paulo Correa da Rocha, PSDB, está utilizando o recesso para fazer um estudo das isenções fiscais no governo Cabral. Espero que suas conclusões saiam logo.

Considerando as características do Rio, uma sólida aliança em torno do governo, não vai acontecer nada em termos de punição. Mas se, pelo menos, for estancada a sangria de dinheiro público, será uma vitória.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mensagem ao governador

No dia 30 de junho entrei no site oficial do Sérgio Cabral e deixei uma mensagem para ele.
Segue o texto:


Sr. Governador,

Gostaria que o senhor o o seu Secretário de Segurança revisassem o seu projeto de UPPs, pois, e não é uma opinião apenas minha, esta é a política do "marido corno", que espera o amante sair de casa para poder entrar.
Sinceramente, saí da cidade do Rio, onde a violência AINDA É muito grande e vi a mesma violência da qual fugi chegar onde resido, no interior do estado por causa desta política, que transfere marginais para outros municípios.
Por favor, ao invés de maquiar a segurança pública:
- PRENDA os chefes do crime organizado, não apenas os que estão no morro, mas os que estão no asfalto também. Lembre-se: assim a máfia italiana foi desmantelada.
- BENEFICIE seus funcionários (professores, bombeiros, policiais) e contribuintes, e não empresários, que já tem muito dinheiro e não trazem reais benefícios ao nosso estado, já que, a qualquer momento, podem se retirar e ir para outros estados que ofereçam maiores benefícios.
- CUMPRA as suas promessas. Eu ainda lembro daquele porto que o senhor prometeu na primeira eleição para o Norte Fluminense. Nem toda a população tem memória curta.
- AVALIE sua postura antes de tomar uma decisão. Palavras mal colocadas podem ser usadas contra o senhor. Sou professora e não sou preguiçosa. Médicos que me atenderam quando precisei com muito cuidado e atenção não são vagabundos. E os bombeiros são heróis reivindicando dignidade, e não vândalos. Pense em tudo o que o senhor fez nas últimas semanas. "Não julgue para não ser julgado", ouço isso de minha mãe desde criança.
- REAVALIE seu governo, pois "renúncia fiscal" é tirar dos pobres, que poderiam ter recebido vários investimentos com estes R$50 bilhões, e dar para os ricos, os mesmos que tem financiado sua campanha e suas viagens.
Sim, governador, o povo está atento. Aguardo, sinceramente, uma mudança no curso de seu governo. Para o bem de todo o povo do nosso amado e tão importante estado do Rio de Janeiro.



Vamos aguardar agora uma resposta.
Abraços!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Empresa de fachada faz UPP e UPA

O título já é auto-explicativo. O que mais falta aparecer no governo Sérgio Cabral?
Aliás, repararam como tem tido mais propagandas positivas sobre o governo do Rio em horário nobre na televisão. Sinal de que o governador está preocupado com a sua imagem, tão abalada pelos últimos acontecimentos.
Engraçado, o governo tem dinheiro para aumentar gastos com propaganda, mas não pode dar um aumento decente aos professores.
Fiquem com a notícia da Veja.

Abraços!

Empresa de fachada faz UPP e unidade de saúde no Rio

Leslie Leitão
Módulos de UPP: pagos pela OGX e feitos por empresa de amigo do vice

Módulos de UPP: pagos pela OGX e feitos por empresa de amigo do vice (Vitor Silva/Futura Press)

Há dois programas-chave na gestão do governador do Rio, Sérgio Cabral, daqueles que funcionam como vitrine política. O das Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, que tiram de traficantes o domínio territorial sobre as favelas, e as Unidades de Pronto Atendimento, conhecidas como UPAs, pequenas unidades de saúde para doentes de menor complexidade, feitas para desafogar prontos-socorros. Na semana passada, VEJA descobriu que o que vai pelos bastidores desses programas pode transformá-los em vidraça. Nos últimos três anos, uma única empresa recebeu 140 milhões de reais pela construção de módulos de aço para as unidades de saúde. A empresa também montou módulos para UPPs e recebeu boa parte dos 8 milhões aplicados no projeto pela OGX, empresa de petróleo do bilionário Eike Batista - o mesmo que empresta o jato para o governador fazer viagens particulares. Criada em janeiro de 2009, sete meses antes do primeiro repasse de verbas, a Metalúrgica Valença recebeu empréstimos de 4 milhões de reais do governo do Rio e a concessão de uso de um terreno entre 2009 e 2014, período exato do mandato de Cabral, para se instalar. Mas, na sede da empresa em Valença, no sul fluminense, não há nada além de uma estrutura metálica incompleta e mato num terreno baldio. A fábrica até chegou a ser inaugurada, em junho de 2010. Mas dali não saiu, até agora, sequer uma chapa de aço.

O dono da Metalúrgica Valença é Ronald de Carvalho, conhecido na vizinha Barra do Piraí por sua amizade com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, ex-prefeito da cidade e candidatíssimo à sucessão de Cabral. Quem de fato monta as unidades é outra empresa de Carvalho, a Metalúrgica Barra do Piraí, que não tem contrato com o governo do estado. Procurado por VEJA, o empresário afirmou que não vê problema em usar a fábrica de uma de suas empresas para construir algo que deveria ser feito por outra. Tampouco explicou por que, depois de conseguir empréstimos de 4 milhões de reais e concessão para o uso do terreno, e de ter direito, em Valença, a um imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) 17% menor do que o de Barra do Piraí, até agora não instalou fábrica alguma na cidade. O governo do Rio afirma que desconhece as irregularidades relativas aos módulos de saúde e que os contratos para as UPPs são de responsabilidade da OGX.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ministério Público do Rio exige explicações

Convenhamos, já era hora de alguém tomar alguma atitude sobre este ser que "governa" o nosso tão amado estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Torço para que tudo isso resulte em pedido de renúncia ou impeachment.
Segue matéria da Folha:


Promotoria pede que Cabral explique relação com empresários

DE SÃO PAULO
DO RIO

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro enviou, na segunda-feira (27), ofício ao governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) solicitando explicações sobre a sua viagem à Bahia, no dia 17.
Ele saiu do Estado em um jato do empresário Eike Batista para comemorar o aniversário do empresário Fernando Cavendish, da Delta Construções. A festa acabou não acontecendo porque houve um acidente com o helicóptero que transportava sete pessoas, entre elas a namorada de Marco Antônio Cabral, filho do governador.
Rafael Andrade/Folhapress
A promotoria enfiou ofício ao governador do RJ, Sérgio Cabral, pedindo esclarecimentos sobre sua relação com empresários
A promotoria enfiou ofício ao governador do RJ, Sérgio Cabral, pedindo esclarecimentos sobre sua relação com empresários
Segundo a promotoria, os esclarecimentos requeridos se referem a informações veiculadas pela imprensa sobre a amizade de Cabral com donos de empresas que doaram dinheiro à sua campanha e mantêm contratos com o governo fluminense.
O Ministério Público também quer saber detalhes sobre a concessão de benefícios fiscais concedidos, entre 2007 e 2010, a motéis, boates, padarias e postos de gasolina, como a Folha publicou na última segunda-feira (27).
CÓDIGO DE CONDUTA
Nesta quarta-feira, o governador quebrou o silêncio dos últimos dias e, em entrevista à rádio "CBN", falou sobre a criação de um "código de conduta pública".
Questionado sobre ter viajado para Porto Seguro num jato de um empresário para uma festa de outro empresário, ele afirmou que as amizades nunca influenciaram em suas decisões de governo, mas que está refletindo sobre o ato.
"Eu sempre procurei separar minha vida privada da minha vida pública. De fato há uma discussão sobre isso e eu quero também assumir este debate de um código de conduta. Jornalistas também têm esses códigos. Quem sabe não construímos juntos uma solução para isso? Posso garantir que jamais tomei uma decisão pública, envolvendo dinheiro público, baseado em amizades pessoais", disse.
LICITAÇÃO
Na semana passada, a Folha revelou que, dos 18 contratos firmados entre o governo do Estado do Rio de Janeiro e a empreiteira Delta em 2010, 13 foram feitos em caráter emergencial.
Os contratos foram firmados entre setembro e outubro, no valor total de R$ 133,7 milhões. A Secretaria de Estado de Obras informou que a emergência diz respeito às chuvas que atingiram o Estado em abril.
Neste ano, dos 4 contratos com o governo estadual, 3 foram feitos em caráter emergencial, no total de R$ 3,6 milhões. O motivo foi o mesmo: as chuvas que atingiram o Estado em fevereiro e abril de 2011.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Eike e o porto bilionário do Norte Fluminense

Recebi algumas denúncias sobre a construção do porto do Eike Batista (o empresário amigo do Cabral) e resolvi investigar. Descobri algumas coisas interessantes.

- O porto será construído no município de São João da Barra, na região Norte Fluminense. Curioso é que a prefeitura também pertence ao PMDB (Carla Machado).

- O empreendimento é conhecido localmente como "Eikelândia", com dimensão total de 90km². Isso significa, na prática, que moradores serão desalojados e 15km² de costa pertencerão à este empresário.

- O porto é particular e a nossa Constituição (tão esquecida pelo governo Sérgio Cabral) não permite a construção de portos particulares para transportar somente cargas de terceiros.

- As indenizações à população local estão bem abaixo do valor de mercado, conforme informação extraída do site do G1. Além disso, muitos produtores foram enganados, como aparece em reportagem do Estadão na página do Ministério do Planejamento.

- Será construída pelo empreendedor uma "cidade X" (lembro que todas as empresas de Eike terminam com a mesma letra, inclusive o conglomerado, EBX), que provavelmente será desconectada da realidade local. A minha pergunta é: como pode ser criada uma cidade dentro de outra?

- A obra também abrange uma megaponte que adentra o oceano Atlântico em 3km e largura de 27,5m, com acréscimo de material equivalente ao morro do Pão de Açúcar (1,8 milhão de metros cúbicos de blocos de pedra ao mar, segundo site do Ig), o que gera grande impacto ambiental. Para piorar, a profundidade do oceano, originalmente variando de 15 a 18 metros, será aumentada para 25 metros. Lembro a todos que mudanças drásticas na costa alteram substancialmente o ecossistema marítimo. Sabem os ataques de tubarão na praia de Boa Viagem, em Recife (PE)? Pois é, tem a ver com a construção do porto de Suape (veja também no site da mundo estranho).

- Outros estados brasileiros impuseram uma série de exigências à construção deste porto, como foi o caso do município de Peruíbe (SP), onde o nome seria "Porto Brasil".

Esta foi apenas uma pesquisa rápida na internet. Prometo trazer mais informações em breve.

Abraços!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mais uma do Cabral. É para rir ou chorar?

Seria cômico se não fosse trágico: depois de viagens bancadas por empresários, obras sem licitação, renúncias fiscais e por aí vai, o nosso (infelizmente) governador resolveu criar um "código de conduta pública". O que mais podemos esperar dele, não é mesmo? O pior é que ainda tem quem acredite que ele é santo.
Segue matéria da Folha de São Paulo:


Após polêmica sobre viagem, Cabral fala em criar 'código de conduta'

DO RIO
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), quebrou hoje o silêncio dos últimos dias e, em entrevista à rádio "CBN", falou sobre a criação de um "código de conduta pública".
Questionado sobre ter viajado para Porto Seguro num jato do empresário Eike Batista para uma festa de outro empresário, Fernando Cavendish, afirmou que as amizades nunca influenciaram em suas decisões do governo, mas que está refletindo sobre o ato.
"Eu sempre procurei separar minha vida privada da minha vida pública. De fato há uma discussão sobre isso e eu quero também assumir este debate de um código de conduta. Jornalistas também têm esses códigos. Quem sabe não construímos juntos uma solução para isso? Posso garantir que jamais tomei uma decisão pública, envolvendo dinheiro público, baseado em amizades pessoais", disse.
"A imprensa é o espaço do debate público. Adoro direito comparado, vamos ver o que existe em outros Estados do Brasil, em outras partes do mundo. Sou um homem público e gosto do debate. Vamos construir um código de conduta juntos", completou.
Sobre o roteiro da viagem, Cabral disse que só saiu do Rio na sexta-feira, dia 17, pouco antes do acidente de helicóptero que matou a namorada de seu filho e mais seis pessoas.
"Saímos daqui na sexta-feira. Chegamos lá por volta das 18h30. Mas infelizmente houve esse acontecimento trágico. Não tenho nenhuma razão pra mentir sobre isso. Fui ao colégio dos meus filhos na sexta à tarde, saí daqui às 17h, 17h e pouquinho."
Funcionário da Fazenda Jacumã, condomínio de casas luxuosas a 72 km de Porto Seguro, onde ocorreria uma festa de Cavendish, afirmaram à Folha, porém, que o governador já estava por lá na sexta pela manhã.
O governador declarou que a Delta, construtora de Cavendish, não recebe favorecimentos de seu governo.
"O que vem acontecendo é que o volume de obras no Rio subiu muito no meu governo. A Delta tinha 80% do seu faturamento há 11 anos vindo do governo do Rio. Hoje não chega a 25%, ela cresceu por todo o Brasil. A Odebrecht tem muitas obras pelo Rio... A Andrade Gutierrez acaba de anunciar que vai transferir sua sede de São Paulo para o Rio de Janeiro. Muitas empresas, grandes e médias, estão vindo para o Rio de Janeiro. É um absurdo querer vincular qualquer elo de amizade entre eu e o Fernando, que vem desde antes do meu governo, com o crescimento da empresa."
Por fim, Cabral classificou de "ilação desrespeitosa" reportagem de hoje, da Folha, que revela que dois meses após receber R$ 200 mil em doação para sua campanha, ele concedeu à Michelin benefício fiscal e acesso a crédito a um fundo estadual no valor de R$ 1 bilhão.
"Hoje tem uma matéria sobre a Michelin. Graças a Deus, as quatro fábricas dela estão no Rio. Duas, nós que trouxemos, em Campo Grande e Itatiaia. E ainda conseguimos uma coisa super importante para o turismo do Rio, que foi o Guia Michelin... E querem vincular isso com apoio na campanha. É uma ilação desrespeitosa."

domingo, 17 de julho de 2011

Mentira na TV

Chamar o governo do estado de circo é até adequado, já que diariamente somos feitos de palhaços.
Sérgio Cabral mentiu durante o debate da Rede TV e mesmo assim o povo do Rio votou nele.

Vejam:

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Cadê o governador?

Vejam que absurdo denunciado pelo blogueiro Ricardo Gama:
O governador não foi ao enterro das vítimas do massacre em Realengo e, no mesmo dia, se divertiu no show do U2. Que falta de bom senso e consideração, governador! O senhor é nosso representante. Dê exemplo!
Segue.



Abraços!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Blogueiro de Santa Catarina critica Cabral

Assistam e confiram!
Até em Santa Catarina já existem pessoas criticando o Sérgio Cabral.
Só quero saber um a coisa: E aí, governador, vai mandar jogar spray de pimenta nele também ou vai xingá-lo como o senhor faz com todos que se manifestam contra o senhor? Isso sem contar a falta de investigação do atentado ao Ricardo Gama.
Detalhe: este vídeo foi publicado em abril.
Segue.



Abraços!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Eike Batista dá R$ 139 milhões a projetos de Sérgio Cabral

Mais uma vez, saiu na Folha.
Isso tudo me faz lembrar uma frase brilhante de Millôr Fernandes: "Os políticos fazem na vida pública tudo aquilo que faço na privada".
Leiam:


Eike Batista dá R$ 139 mi para projetos de Sérgio Cabral no RJ

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Além de bancar gastos de campanha do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), o empresário Eike Batista assumiu o papel de patrocinador de programas usados como vitrine eleitoral do Estado.
Nos últimos três anos, ele anunciou doações de R$ 139 milhões a projetos de interesse do peemedebista, do policiamento de favelas à despoluição de cartões-postais.
A oposição aponta conflito de interesses na relação entre o governador e o bilionário, que emprestou um jatinho para Cabral fazer uma viagem de lazer ao litoral da Bahia no último fim de semana.
Fred Prouser - 2.mai.2011/Reuters
"Faço tudo com dinheiro do meu bolso e me orgulho disso", afirma Eike Batista sobre doações ao governo do RJ
"Faço tudo com dinheiro do meu bolso e me orgulho disso", afirma Eike Batista sobre doações ao governo do RJ
O dono do grupo EBX recebeu R$ 75 milhões em isenções fiscais na gestão do peemedebista. Os dois dizem ser amigos e afirmam que os laços pessoais não beneficiam as empresas em negócios com o governo fluminense.
O maior patrocínio de Eike é destinado às UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora): R$ 80 milhões. O dinheiro será liberado em parcelas anuais de R$ 20 milhões até o fim do governo, em 2014.
O valor doado pelo bilionário supera os R$ 12,3 milhões que o Estado previa gastar com recursos próprios neste ano, segundo o projeto de Orçamento enviado à Assembleia Legislativa do Rio.
Os postos de policiamento em favelas foram o principal trunfo de Cabral em sua campanha à reeleição, em 2010.
Além do gasto em segurança, o empresário prometeu destinar outros R$ 13 milhões a ações sociais nas comunidades, incluindo a criação de um time de vôlei.
A candidatura do Rio a sede da Olimpíada de 2016 recebeu R$ 23 milhões. A assessoria do grupo EBX diz que a verba seguiu para o COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Mas foi Cabral quem recolheu dividendos políticos com a escolha da cidade, amplamente explorada em sua propaganda eleitoral.
A despoluição da lagoa Rodrigo de Freitas, antiga promessa do governo do Rio, já ganhou R$ 15 milhões e deve obter mais R$ 3 milhões.
Outros R$ 5 milhões ajudarão a limpar a Marina da Glória, cuja concessão, outorgada pela Prefeitura do Rio, pertence ao bilionário.
No ano passado, Eike deu R$ 750 mil à campanha de Cabral e R$ 100 mil à do presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo (PMDB).
Na eleição anterior, repassou R$ 1 milhão à candidatura do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que é afilhado político do governador.
INVESTIGAÇÃO
A oposição, que reúne apenas 21 dos 70 deputados estaduais do Rio, quer investigar se Cabral beneficiou o grupo EBX com licenças ou vantagens indevidas.
Sergio Lima - 2.jun.2011/Folhapress
O governador Sérgio Cabral afirmou que "separa o exercício da função pública das atividades de sua vida privada"
O governador Sérgio Cabral afirmou que "separa o exercício da função pública das atividades de sua vida privada"
Uma das suspeitas envolve o Porto do Açu, orçado em R$ 3,4 bilhões --o Ministério Público Federal processa o Estado para tentar anular a licença do empreendimento.
"Cabral e Eike têm uma relação nebulosa, em que o público se mistura muito com o privado", acusa o deputado Marcelo Freixo (PSOL).
A assessoria de Cabral disse à Folha que ele "separa o exercício da função pública das atividades de sua vida privada". Mas se recusou a informar se ele fez outros voos no jatinho do amigo.
"As viagens particulares do governador são relacionadas à sua vida pessoal, de foro íntimo", respondeu a assessoria, em nota oficial.
A EBX disse que os benefícios que recebeu seriam dados "a qualquer outra empresa". Sobre o empréstimo do avião a Cabral, Eike afirmou: "Sou livre para selecionar minhas amizades. (...) Faço tudo com dinheiro do meu bolso e me orgulho disso".

domingo, 10 de julho de 2011

Vídeos

Separei alguns vídeos para serem exibidos aos domingos, a partir de hoje. Espero que gostem.
Abraços!

O vídeo a seguir não pode ir ao ar durante a última campanha eleitoral, pois foi censurado pelo governador Sérgio Cabral. Fala sobre transportes públicos. Assistam!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Estadão - parte 2

Segue mais uma matéria sobre o nosso (infelizmente) governador Sérgio Cabral no Estadão.

Cabral será cobrado sobre relação com empresário

FELIPE WERNECK E ALFREDO JUNQUEIRA - Agência Estado
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) informou hoje que ele e outros quatro deputados da Assembleia Legislativa do Rio preparam em conjunto um requerimento de informação que será entregue na semana que vem ao governador fluminense, Sérgio Cabral Filho (PMDB), cobrando explicações sobre sua relação com os empresários Fernando Cavendish e Eike Batista.
A empreiteira Delta Construções S/A, de Cavendish, que perdeu a mulher e o enteado em acidente de helicóptero na noite da última sexta-feira, no litoral baiano, recebeu R$ 992,4 milhões em contratos com o governo do Rio durante o primeiro mandato de Cabral (2007-2010).
Até ontem, a administração estadual havia reservado R$ 241,8 milhões do orçamento deste ano em favor da Delta. Em comparação com os valores pagos durante a gestão de Rosinha Garotinho, antecessora de Cabral, a evolução do faturamento da empresa de Cavendish em contratos com o Estado do Rio cresceu 149%, segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem). Os números referem-se apenas a obras realizadas diretamente pela Delta, sem a inclusão de contratos em que a empresa integra consórcios, como a reforma do Maracanã.
O governador é amigo de Cavendish e estava na Bahia para a comemoração de seu aniversário. Cabral, que após a tragédia se licenciou do cargo até o dia 26, viajara em avião emprestado pelo empresário Eike Batista.
"Tive satisfação em ter colocado meu avião à disposição do governador. Não tenho qualquer espécie de contrato de prestação de serviços com o governo e nem recebo pagamentos do Estado. Sou livre para selecionar minhas amizades, contribuir para campanhas políticas, trazer as Olimpíadas para o Rio, apoiar a implantação das UPPs e auxiliar a realização de diversos projetos sociais e culturais do Estado", disse. "Faço tudo com dinheiro do meu bolso e me orgulho disso", acrescentou Batista, em nota.
A viagem do governador foi revelada após o acidente com o helicóptero, que causou a morte de sete pessoas, entre elas a estudante Mariana Noleto, de 20 anos, namorada de um dos filhos de Cabral.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Também saiu no Estadão!


Percebam que mais um jornal de São Paulo denunciou as maracutaias do nosso (infelizmente) governador Sérgio Cabral. Cadê os jornais do Rio?

Deputados querem fazer devassa em contratos de Cabral

AE/SÃO PAULO - Agência Estado

Deputados estaduais do Rio pretendem fazer uma devassa nos contratos do governo com a empreiteira Delta Construções S.A., do empresário Fernando Cavendish, e nas medidas administrativas que beneficiaram o grupo EBX, de Eike Batista. Os parlamentares de oposição querem saber se as relações de amizade entre o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e os empresários influenciaram iniciativas da administração estadual.
A proximidade entre Cabral e Cavendish ficou exposta após o acidente de helicóptero que matou sete pessoas, na sexta-feira, entre elas Jordana Cavendish, mulher do empresário, o filho dela, Luca, e Mariana Noleto, namorada de Marco Antonio Cabral - filho do governador. Cabral e seus parentes viajaram para a Bahia em jato cedido por Eike, para participar dos festejos de aniversário de Cavendish.
A Delta acumulou R$ 992,4 milhões em contratos durante o primeiro mandato de Cabral. Este ano, dos R$ 241,8 milhões em empenhos para a empresa, R$ 58,7 milhões são fruto de obras realizadas com dispensa de licitação. Os deputados estaduais solicitaram cópias de editais, contratos, aditivos, resultados de licitação e valores empenhados, faturados e liquidados até 30 de maio de 2011.
Em relação às ligações do governador com Eike Batista, os parlamentares solicitaram informações sobre benefícios fiscais concedidos ao grupo EBX, dados de licenciamento ambiental que beneficiaram as empresas do conglomerado e atos do Poder Executivo relativos a desapropriações para viabilizar o empreendimento de Porto do Açu - na região norte do Rio.
A assessoria de imprensa do Palácio Guanabara confirmou que houve crescimento no volume de contratos do Estado com a Delta, mas atribuiu isso ao aumento de investimentos do governo estadual nos últimos anos, "fruto do forte ajuste fiscal feito pelo Estado e da obtenção da sua maior capacidade de endividamento para a realização de obras". A Delta, por nota, alegou que o aumento de negócios com o governo do Rio é decorrência dos "jogos da Copa do Mundo e Olimpíada e do pré-sal".
Também por nota, Eike argumentou que não tem contratos com o Estado e teve a "satisfação" de emprestar seu jato particular ao governador do Rio. Em relação aos benefícios fiscais concedidos, o grupo EBX argumenta que eles são idênticos aos disponíveis para "qualquer outra empresa que se disponha a correr os riscos de empreender projetos de qualidade e magnitude semelhantes". E conclui: "Além disso, muitos desses regimes fiscais entraram em vigor antes do atual governo do Estado ou antes da criação das nossas companhias citadas."

terça-feira, 5 de julho de 2011

Bom e ruim, por Cabral, Paes e outros

Reparem esta reportagem do Estadão. Gostei muito da forma como o assunto foi tratado.
Curioso também é perceber que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, não deu uma declaração de apoio ao amigo. Será que ele vai pedir para o "papai" Sérgio falar bem dele nas propagandas políticas do ano que vem?
Aliás, durante a campanha, bem que o Eduardo podia chamar, além do Sérgio, o Eike (Batista), o Fernando (Cavendish) e talvez outros amigos importantes, com certeza mais interessantes, tanto para o prefeito quanto para o governador, do que o povo que só reclama.
Olha que bacana (na concepção de Sérgio e Eduardo): quando se presta favores aos ricos, ganha-se em troca passeios de jatinho, festas caras em resorts, entre outras coisas legais. Quando se favorece o pobre... bem, não é tão divertido assim.

Resumindo:

Renúncia fiscal beneficiando empresários: BOM!!!
Redução da carga tributária para a população: RUIM...

Benefícios concedidos a presos e criminosos: BOM!!!
Aumento para professores e bombeiros: RUIM...

Investimentos em infra-estrutura para beneficiar empresas: BOM!!!
Investimentos em saúde, educação, transportes e emprego: RUIM...

Tiririca na "Comissão de Educação e Cultura": BOM!!!
Valorização dos profissionais da educação: RUIM...

Ronaldinho Gaúcho homenageado na ABL: BOM!!!
Incentivo aos escritores brasileiros: RUIM...

Carros de luxo para vereadores: BOM!!!
Transporte público de qualidade para a população: RUIM...

Manobra política para garantir emprego de 20 assessores (caso Cristiane Brasil): BOM!!!
Garantia de emprego e renda, inclusive para os catadores de lixo (novo aterro): RUIM...

Aprenderam?
Abraços!

O sexo dos anjos

(Tutty Vasques)
“Quero assumir aqui um compromisso de rever a minha conduta. Vamos construir um código juntos, vamos estabelecer limites!” – disse dia desses em entrevista sobre a carona que pegou há 15 dias no aviãozinho de Eike Batista a caminho de uma boca-livre promovida por outro amigo empresário na Bahia. Dedurado pela tragédia que matou sete pessoas da comitiva, o governador passou um período fechado em luto justificável. Voltou esta semana ao trabalho com o rabo entre as pernas, típico de quem tem culpa no cartório.

ILUSTRAÇÃO POJUCANPor trás de um homem triste há, quase sempre, um recurso canastrão de arrependimento muito comum na expressão das vítimas de flagrantes de saliência. Lembra da carinha de bebê chorão do Bill Clinton na TV dizendo “eu não tive relação sexual com aquela mulher”? Ainda não ficou muito claro que diabos Sérgio Cabral andou fazendo fora do casamento, ao final de sua lua de mel com o eleitorado carioca, boa coisa decerto não foi para ele reagir meigo feito um poodle que fez xixi na sala a quem o acusa de misturar vida pública à privada.

“Eu errei quando chamei os bombeiros de vândalos”, aproveitou a saia justa para fazer mea-culpa de suas atitudes intempestivas no trato com a corporação, que agora reconhece como “muito querida” da população do Rio. Concedeu logo anistia para todos e teria pedido desculpas ao atirador da escola de Realengo, a quem chamou de “animal e psicopata”, se algum jornalista puxasse o assunto da chacina.

Não sei se deu alguma joia em casa, mas não tem hora mais apropriada para se abusar da generosidade do governador em nome da reconciliação. Melhor aproveitar enquanto é tempo. Preocupada com a melancolia sem fim do amigo, a presidente Dilma já decidiu: vai leva-lo à inauguração do teleférico do Complexo do Alemão na sexta-feira que vem. O homem está precisando se divertir!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cabral usa máquina pública para benefício próprio

Entendo o sofrimento da família das vítimas da queda do helicóptero. Entendo também que, se houvesse alguém da minha família envolvido em tal tragédia, moveria céu e terra para minimizar o sofrimento de todos. No entanto, usar a máquina pública para tal é CORRUPÇÃO, é ILÍCITO. Se este fato for confirmado, devemos tomar providências urgentes para afastar esta pessoa. No meu caso, eu pediria empréstimos à instituições credoras ou à minha família. JAMAIS, mesmo se tivesse acesso aos recursos que Sérgio Cabral possui, usaria recursos QUE NÃO SÃO MEUS para algo de meu interesse pessoal.
Um lembrete: durante a tragédia em Nova Friburgo, o nosso (infelizmente) governador não chegou nem perto do local. Quem esteve lá foi o vice.

Segue matéria da Folha de São Paulo:


Procuradoria investiga traslado de corpos em avião da FAB

GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR
DE SÃO PAULO

O Ministério Público Federal na Bahia instaurou nesta quarta (22) investigação para apurar quem ordenou e quanto custou o traslado do corpo de Mariana Noleto, namorada de um dos filhos do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB, em avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
Ela foi uma das vítimas do acidente de helicóptero no litoral sul da Bahia, na sexta-feira (17). Sete pessoas morreram.
O helicóptero havia saído do Aeroporto de Porto Seguro (687 km de Salvador) e caiu no mar antes de chegar a um resort em Trancoso.
A Procuradoria apura indícios de supostos privilégios indevidos à família de Sérgio Cabral, já que a vítima não tinha função pública e há voos comerciais entre Porto Seguro (BA) e o Rio. O corpo de Marina foi encontrado por volta das 23h40 de domingo (19) e levado ao Rio na segunda-feira (20).
A Procuradoria pediu ao 5º Comando Aéreo Regional dados sobre o custo da missão e por que ela foi paga com recursos públicos, e não pela família da vítima em um voo comercial.
No final da tarde de hoje, a Procuradoria informou que averiguaria se aviões da FAB foram usados indevidamente para transportar os corpos das outras vítimas do acidente.
Segundo a assessoria do governo do Rio, o corpo de seis das sete pessoas que morreram no acidente foram transportados pelo avião da FAB. Apenas o corpo da babá Norma Batista de Assunção, 49, não foi transportado pela FAB porque foi enterrado na Bahia.
Procurada, a FAB informou que não vai comentar o caso e não respondeu a questões formuladas pela Folha sobre as suspeitas levantadas pela Procuradoria.
"Até o presente momento nenhuma organização militar do Comando da Aeronáutica foi oficiada sobre o assunto. Assim que o pedido seja oficializado, a FAB prestará as informações ao MPF", diz trecho da nota enviada pela assessoria de imprensa FAB.


Abraços!