segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Há males que vem para o bem (de poucos)

Qual é o maior símbolo do governo Cabral?
Fácil: as UPPs
Quem sai ganhando com as UPPs?
Bem, acho que já comentamos aqui sobre os "probleminhas" trazidos pelas UPPs, mas agora tem u "bônus". Tirem suas próprias conclusões.
Abraços!

Desabrigados por teleférico do Alemão ficaram sem aluguel social

Moradores tiveram de sair de casa mesmo sem ganhar, por nove meses, benefício de R$ 400 prometido; maioria se abrigou com parentes

Raphael Gomide, iG Rio de Janeiro | 20/01/2012 07:00

Nem todo mundo no Complexo do Alemão ficou satisfeito com a construção do teleférico, projeto-símbolo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região, ao custo de R$ 210 milhões. Muitos moradores desalojados de suas casas pela obra - que rendeu à presidenta Dilma Rousseff o apelido de "mãe do PAC" - ficaram por nove meses sem receber o prometido aluguel social de R$ 400 mensais, enquanto esperavam pelo apartamento que substituiria o antigo lar. Para quem foi removido, esse benefício se destinaria a alugar uma moradia provisória até as obras dos apartamentos populares ficarem prontas, na Estrada do Itararé, no "asfalto”.

Balanço: PAC completa cinco anos e vira bandeira de Dilma para 2012
PAC no Alemão:
Avanço e abandono coexistem na obra que fez de Dilma a ‘mãe do PAC’
Imóveis:
‘Vende-se apartamento do PAC no Complexo do Alemão por R$ 25 mil’

Foto: Raphael Gomide

Símbolo do PAC no Complexo do Alemão, a construção do teleférico desalojou famílias. Muitas não receberam aluguel social

Sem o dinheiro planejado, a saída da maioria foi recorrer ao abrigo de parentes solidários por longos nove meses, morando de favor. Na soma das parcelas devidas pelo Estado, cada família deixou de receber R$ 3.600.

Esse montante se mostra mais relevante se levarmos em conta que o Complexo do Alemão é a região com os piores condições de vida na cidade do Rio. Quase um terço (29%) dos seus 56.556 habitantes vivia abaixo da linha de pobreza, em 2000, e tinha o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade (0,71, em escala que vai de zero a um).

Por conta de dificuldades financeiras, o carpinteiro paraibano Manoel Lourenço Sobrinho, 68 anos – há 45, morador do Morro do Adeus –, decidiu ficar em casa até quando fosse possível. Foi o último morador a sair, com o imóvel rachado pelo impacto das máquinas e o fornecimento de luz e água já cortado.

Foto: Raphael GomideAmpliar

Esmeralda e o sogro, Manoel, não receberam o prometido aluguel social por nove meses

“Sofri para danar. Fiquei em casas da família, de lá para cá. Fui o derradeiro a sair, até o pessoal vir derrubar, já sem luz nem água”, afirmou Manoel, que lamentou ter sido obrigado a deixar sua residência.
"Construí com as minhas mãos, mesmo. Eram três quartos, dois banheiros, uma sala enorme, varanda... Preferia estar na minha casa, mas morar na (beira da) rua também é bom”, disse Manoel, que morava no alto do morro.

A nora e vizinha Esmeralda Inácio Silva, 38 anos, passou pelo mesmo problema, com o marido, o vidraceiro Edvan Lourenço, 36.

“Tivemos de sair por causa da obra, a casa foi interditada. Ficou toda rachada. Disseram que não foi por causa da obra, que foi a chuva, mas ninguém acredita, porque sempre teve chuva e nunca aconteceu isso. Tinha cada rachadura que dava para ver do lado de fora. Falaram que íamos receber aluguel social até ganhar o apartamento. Nós nos cadastramos, mas não recebemos. Minha tia é que ficou ajudando com as despesas, se não fosse ela, nem sei! Acho que não vamos ganhar mais”, lamentou.

Esmeralda também lembra de uma vizinha com três filhos e passou enormes dificuldades no período. “Foi uma ‘barra’. Ela disse que ou pagava o aluguel ou comprava alimento para os filhos”, lembra.

Josefina Soares, a Zefinha, foi outra que não recebeu nenhuma indenização durante o período de espera pelo apartamento onde vive agora. “Uma filha minha ganhou, mas eu e outra filha nunca recebemos”, disse. A saída foi alugar uma casa, para onde foram Zefinha, as duas filhas, os maridos e os netos.

Procurado pelo iG, o Estado do Rio não respondeu aos questionamentos a respeito do não-pagamento do aluguel.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Lavagem de dinheiro no TRT-RJ

Agora a falcatrua é no TRT do Rio.
Imaginem só, agora é o povo tomando de quem deveria lhe proteger.

Segue.

Polícia Federal investiga suspeita de lavagem de dinheiro no TRT do Rio

Delegado comanda inquérito para apurar se servidor que movimentou R$ 282,9 milhões, detectados pelo Coaf a pedido do CNJ, integrava organização criminosa instalada no tribunal

19 de janeiro de 2012 | 22h 16
Pedro Dantas, de O Estado de S.Paulo

RIO - A Polícia Federal vai investigar todas as transações financeiras - de 2002 até os dias de hoje - do funcionário do Tribunal Regional do Trabalho da 1.ª Região (TRT-RJ) que movimentou R$ 282,9 milhões em apenas um ano. Os agentes federais trabalham com a hipótese de que um esquema criminoso, que envolveria uma quadrilha, opere dentro do TRT para lavar dinheiro.

A suspeita é que, pelo montante, é pouco provável que o servidor agisse sozinho - Marcos de Paula/AE

Marcos de Paula/AE
A suspeita é que, pelo montante, é pouco provável que o servidor agisse sozinho

A PF quer saber se houve outras operações bancárias suspeitas desse servidor, cujo nome é mantido em sigilo, além da movimentação atípica de 2002. O investigado é suspeito de operar o esquema de lavagem de dinheiro para alguns funcionários do alto escalão da instituição.

A investigação da Delegacia de Combate a Crimes Financeiros (Delefin), da Superintendência da PF no Rio, é chefiada pelo delegado Victor Hugo Poubel. Os agentes apuram se a movimentação milionária foi fruto do desvio de verba pública e não descartam a possibilidade da atuação de uma organização criminosa dentro do TRT-RJ. Pelo montante das transações em um ano, eles acreditam que dificilmente o servidor agia sozinho.

O crime de lavagem é definido como "ocultação e dissimulação de patrimônio ilicitamente obtido", o que significa que, para a PF, o a movimentação atípica deve tratar-se de dinheiro oriundo do crime. Porém a investigação ainda precisa avançar para esclarecer a origem dos recursos.

O inquérito para investigar "crime de lavagem de dinheiro proveniente de fraude contra o sistema financeiro perpetrado por organização criminosa" foi instaurado na quarta-feira, 18. A PF mantém sigilo total nas investigações. O funcionário suspeito já foi preso por agentes federais quando atuava como doleiro há alguns anos, antes de ingressar no TRT-RJ, provavelmente em cargo de confiança, sem passar por concurso público.

Coaf. Servidores e juízes do País movimentaram R$ 855,7 milhões, de 2000 a 2010, em movimentações financeiras atípicas, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra Eliana Calmon. O caso gerou polêmica na semana passada.

Movimentações atípicas não significam que houve crime ou irregularidade, mas apenas que as operações financeiras fugiram aos padrões da norma bancária e do sistema nacional de prevenção à lavagem de dinheiro.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Acorda, Brasil!

Quando comecei este blog, imaginava poder tirá-lo rápido do ar, acreditando não ter mais o que publicar, já que a principal ideia desta página era mostrar que estamos atentos aos absurdos que acontecem no nosso estado.
Deste modo, acreditava que as pessoas fossem ler e repensar os seus votos, comentários e atitudes. Infelizmente o que vejo é um grande comodismo, e o país do "jeitinho" vai dando um "jeito" de colocar os abusos cometidos pelo PMDB no Rio escondido debaixo do tapete chamado UPP.
Cansa acreditar em um povo que não se mobiliza.
Cansa denunciar e nada mudar.
Cansa abrir os jornais ou qualquer página na internet e perceber que cada vez mais políticos, juízes e afins tentam abocanhar parcela cada vez maior dos cofres públicos. E para o povo só sobram migalhas (quando elas sobram).
Entristece ter sempre matéria para publicar.
Entristece programar postagens para uma semana, já que as denúncias são sempre muitas.
O ministro que pegou o jatinho de uma empresa foi deposto. Cabral ia à uma festa do maior empreiteiro que atua no estado em um jatinho do maior empresário que atua no estado e... NADA.
E ainda teve gente defendendo o Cabral.
Cada povo tem o governo que merece. E os que não aceitam isso, como eu, são, certamente, motivo de piada interna para a corja de ladrões do dinheiro público.
São também motivo de piada os eleitores que votam sem consciência e acreditam em quem beija criança nas ruas em época de eleição.
Cabral não estava nas buscas por sobreviventes da região Serrana no ano passado. Cabral não foi ao enterro das vítimas da escola de Realengo. Mas, com certeza, estará beijando crianças ao lado de Eduardo Paes para eleger, mais uma vez, o seu pupilo.
Já publico cansada, desacreditada na mudança.
Vejo as manifestações na Europa, nos EUA e fico pensando no povo brasileiro.
Você acha que nada vai mudar? Uma formiga não faz diferença? E 1 milhão? E 190 milhões?
Acorda, Brasil!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Privilégios para juízes

"Não bastam os salários altos: tem que arrombar os cofres públicos." Infelizmente, este é o lema de nossos governantes. Não só prefeitos, vereadores, deputados, governadores, senadores e presidentes: parece que nossos juízes também pensam assim.
"E deixe o povo com o mínimo que já é muito.", completariam alguns mais representantes do povo.
E a gente segue vendo BBB, falsa gravidez e dicas de intercâmbio com Luiza. Nem dá para acreditar.

Segue.

Pressão dos juízes ressuscita auxílio para alimentação: conta é de R$ 82 mi

Resolução de junho de 2011 atendeu ao pleito de associações de magistrados e retomou o auxílio-alimentação, que havia sido cortado pela cúpula do Judiciário há sete anos

20 de janeiro de 2012 | 22h 30
Felipe Recondo, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O Tesouro vai gastar R$ 82 milhões de uma só vez com auxílio-alimentação para juízes federais e do Trabalho. O valor é referente a um longo período, desde 2004, quando a toga perdeu o benefício que nunca deixou de ser concedido a procuradores do Ministério Público Federal e à advocacia pública.

Como a Anamatra, Gabriel Wedy, da Ajufe, também defende benefício que ‘só os juízes não recebiam' - Ajufe-23/2/2011

Ajufe-23/2/2011
Como a Anamatra, Gabriel Wedy, da Ajufe, também defende benefício que ‘só os juízes não recebiam'

Ainda não há previsão orçamentária para o desembolso, mas os juízes pressionam pelo recebimento do que consideram direito constitucional. Eles repudiam que o "plus" seja privilégio. Estão na fila cerca de 1,8 mil juízes federais e 2,5 mil do trabalho.

O auxílio foi cortado há sete anos por decisão da cúpula do próprio Judiciário federal. Mas, em junho de 2011, acolhendo pleito das entidades de classe dos magistrados, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou a Resolução 133, por meio da qual devolveu o bônus à classe.

Subscrita pelo presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso, também presidente do Supremo Tribunal Federal, a resolução anota que "a concessão de vantagens às carreiras assemelhadas induz a patente discriminação, contraria ao preceito constitucional e ocasiona desequilíbrio entre as carreiras de Estado". Peluso, porém, votou contra o benefício no CNJ. Subscreve a resolução por presidir o órgão.

Desde a decisão do CNJ, o auxílio-alimentação voltou para o bolso dos juízes. São R$ 710 agregados ao contracheque da toga, mensalmente. A conta final, calculada sobre sete anos acumulados, mais correções do período, chega a R$ 82 milhões, segundo estimativa do Judiciário.

O estoque da dívida é alvo de intensa polêmica nos tribunais. A maioria dos magistrados considera justo serem contemplados com o valor total do crédito, retroativo a 2004; outros avaliam sobre a obediência ao prazo prescricional de cinco anos.

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) ingressou com ação judicial requerendo o pagamento inclusive dos atrasados. Decisão de primeiro grau acata o pedido, assegurando à classe verba relativa aos últimos cinco anos.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

BBB e Luiza x corupção

Em primeiro lugar, peço desculpas a todos pelo meu desaparecimento: problemas de saúde.
Bem, uso este espaço para falar dos últimos acontecimentos.
Não, não estou me referindo à política, e sim à futilidade de muitos brasileiros, que só falam de um estupro inexistente no BBB (fala sério, só a produção do programa disse que foi estupro. Os "protagonistas" negaram. Alguém ainda tem dúvida que isso foi só por audiência?) e sobre a Luiza (que, graças a Deus, voltou do Canadá. Espero que esta história pare por aí).
Neste momento, parafraseio Carlos Nascimento, apresentador do Jornal do SBT: "Luiza já voltou do Canadá, e nós já fomos mais inteligentes".
Enquanto isso, a tarifa de ônibus, principal meio de locomoção entre os "comentaristas" dos dois fatos, aumentou em 6 capitais; R$ 655 bilhões do orçamento 2012 serão destinados ao pagamento da dívida pública (enquanto a saúde, a educação e a segurança vão para a vala); as chuvas, mais uma vez, deixam mortos e desabrigados; professores da UFRJ sofrem sequestros-relâmpago e por aí vai...
Sinto saudade de quando as bandas e os jovens brasileiros falavam sobre política. Hoje, falam sobre bundas, mulheres-fruta, delícias, cornices, BBB e pessoas desconhecidas que não tem a menor importância no cenário internacional. Enquanto europeus discutem a crise, estadunidenses discutem a liberdade de expressão e comunicação, nós discutimos Luiza e BBB. Triste, muito triste, para não dizer VERGONHOSO!!!
Segue trecho do Jornal do SBT com comentário do Carlos Nascimento.

Abraços!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Mais uma da família Cabral

Esta matéria foi publicada no site do JB.
Já dizia a música dos Paralamas: "Repetição do mesmo tema sem sair do tom".
Confiram.
Abraços!

Sem licitação, prefeitura paga R$ 11,4 milhões à empresa ligada a Paulo Melo

Jornal do BrasilJorge Lourenço

A prefeitura do Rio de Janeiro reconheceu, nesta terça-feira, uma dívida de R$ 11,4 milhões com a Oriente Engenharia pela demolição dos barracões da Cidade do Samba, que pegaram fogo no começo do ano passado. Como a obra era considerada emergencial, já que as estruturas ameaçavam desabar, a empresa foi contratada pela Empresa Municipal de Urbanização (Riourbe) sem licitação.

Ligações perigosas

O problema é que a Oriente Engenharia é comandada pelo empresário Geraldo André de Miranda Santos, sócio do deputado estadual Paulo Melo (PMDB) na PMGA Incorporação e Construção. No empreendimento, a dupla tem R$ 4,5 milhões de capital social em cotas divididas igualmente. Presidente da Alerj, Paulo Melo é copartidário e forte aliado do prefeito Eduardo Paes e do governador Sérgio Cabral.

Repeteco

Não é a primeira vez que a Oriente Engenharia tira a sorte grande em licitações. Em agosto do ano passado, o governo do estado contratou a mesma empresa para quatro empreendimentos, todos na Região dos Lagos, pelo mesmo valor: R$ 11,4 milhões. Coincidentemente, as obras eram destinadas para a região na qual Paulo Melo mantém sua base eleitoral.

Em tempo

A Oriente Engenharia, ao lado da Delta, fez parte do consórcio que construiu a mesma Cidade do Samba. Na ocasião do incêndio, alguns jornais chegaram a apontar indícios de omissão das empresas na manutenção das barracões. Segundo funcionários das escolas de samba, os sprinklers (sistema de combate a incêndio) foram vistoriados pelo consórcio 20 dias antes do acidente e, mesmo assim, não funcionaram corretamente.