sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Deputado Marcelo Freixo
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
A festa dos Tucanos
PSDB e seus crimes contra a educação: agora, o verniz oportunista
Correio da Cidadania - [Waldemar Rossi] “O PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), uma análise feita por um grupo de pesquisadores da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) para medir o grau de instrução nas principais áreas de ensino, coloca a rede das escolas públicas do estado de São Paulo apenas em 53º lugar entre as 65 avaliadas” (Diário de São Paulo, de 03/12/2011 – pág. 6).
Não podemos esquecer que o ensino público do estado paulista foi sistematicamente destruído a partir do governador Mário Covas, que nomeou para a Secretaria da Educação a professora Rose Neubauer. Esta, por sua vez, demitiu milhares de professores ainda não concursados, sem substituí-los, fechou escolas, concentrou alunos nas classes restantes (próximo de 50 em cada sala), eliminou matérias relacionadas com a sociologia, reduziu aulas de História e Geografia e, ainda, impôs pesado arrocho aos salários dos professores.
O objetivo do tucanato era permanecer no governo por 20 anos, pelo menos. Para atingir tal objetivo seria fundamental impedir a formação do senso crítico das gerações futuras. E conseguiram. Notemos que tal avaliação de baixíssima qualidade do ensino estadual, uma das piores do Brasil, não vem de nenhum “partido de esquerda” ou das sempre apontadas “oposições”. Vem de um órgão internacional voltado para os interesses do capital. Logo...
Como foi dito acima, a notícia buliu com o ego do governo paulista, que tenta dar nó em fumaça. Alckmin acaba de anunciar que as escolas com pior desempenho terão a partir do ano de 2012 a chamada residência educacional, ou seja, nova modalidade de estágio para universitários em escolas públicas. Cada universitário receberá bolsa de R$500,00 e auxílio transporte...
Por que “nó em fumaça”? Porque tal iniciativa não revoluciona, nem ao menos repara parte da destruição a que o sistema educacional paulista foi submetido; não elimina a deficiência curricular e não recupera a semi-alfabetização das várias gerações de jovens. Não há um plano de recuperação do professorado, nem de ampliação do quadro de professores e nem mesmo de recuperação do sistemático arrocho salarial. Compreendamos que o salário mínimo no Brasil, conforme o DIEESE, deveria ser hoje R$2.150,00. Quantos professores têm esse salário? Por conta dessa migalha, a maioria se vê forçada a procurar trabalho em mais de uma escola, ficando sem condições físicas e psicológicas para ministrar um ensino da qualidade exigida, um direito de toda a infância e juventude em escala mundial. Os estagiários receberão a maravilha de R$500,00! Ou seja, para tentar preservar sua imagem pública usará um verniz escolar, tentando, mais uma vez, enganar a população, em sua maioria mal informada e desinformada pelos poderosos meios de comunicação conservadores.
Porém, ao tomar a iniciativa de envernizar a educação no estado, para quem compreende um pouco de políticas públicas, tal medida é confissão do crime e o governo responsável deveria se tornar réu perante a Justiça e a opinião pública. Mas, infelizmente, nossa “justiça” tem que ser escrita entre aspas porque é inútil e mancomunada com a criminalidade imperante, uma vez que, ante os imperativos constitucionais, jamais tomou posição efetiva em defesa dos interesses de nossa infância e juventude.
Não podemos deixar de refletir sobre esse estado de coisas. Particularmente, o professorado deveria debater o caso com o povo, despertando-lhe a consciência amortecida e, com isto, ir criando condições para um amplo movimento popular visando exigir mudanças estruturais e punir os responsáveis pela catástrofe educacional. Que bom será quando o professorado paulista, coletivamente, decidir enfrentar pra valer o governo, a exemplo do que vem acontecendo em outros estados – Minas, Rio Grande do Norte, Ceará e outros.
Não se pode também desconhecer que o rebaixamento do padrão do ensino público tinha e tem também outro objetivo - muito perseguido e aplicado pelo tucanato no país inteiro: forçar o povo a procurar escolas particulares. Em outras palavras, para os tucanos (não apenas eles) o ensino deixa de ser um direito do cidadão e passa ser mera mercadoria, que deve trazer lucro para os empresários em vez de cultura para o povo. O que se passa na educação é válido também para outras áreas, como a saúde pública esfacelada e em processo avançado de privatização, o transporte, a telefonia, a energia elétrica, a Previdência Social. Agora, com Dilma, já temos também a privatização dos portos e aeroportos.
Enquanto deixam de aplicar o dinheiro dos impostos nas áreas vitais para o povo, os governantes vão despejando grandes quantias em obras faraônicas particulares, como estádios de futebol (em São Paulo, garantindo a estrutura complementar ao estádio do Corinthians) e em outras regiões, como a transposição do “Velho Chico”, construção de barragens predatórias e outras picaretagens que favorecem grandes empresas, sonegando os investimentos nas áreas de interesse popular e nacional. Tudo para favorecer criminosamente o capital espoliador.
Alckmin não está realmente preocupado com a qualidade de vida da infância e da juventude, o que vem mostrando ao longo dos seus mandatos. Está preocupado com sua carreira política. Por isto, as medidas anunciadas são meramente paliativas e, como tais, enganosas.
Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Professora Indignada
Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.
Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!
domingo, 25 de dezembro de 2011
Homenagem aos nossos políticos
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Pensamento em época de Natal...
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Aumento
domingo, 18 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
6 meses depois... e NADA!
Parantes de vítimas de queda de helicóptero em Trancoso contam por que entraram na Justiça
O acidente aconteceu há seis meses. Entre as vítimas, estava a namorada do filho do governador Sérgio Cabral
BRUNO ASTUTO. COM ACYR MÉRA JÚNIOR
No próximo dia 17, serão lembrados os seis meses do trágico acidente de helicóptero que ia do aeroporto de Porto Seguro para o resort Jacumã, em Trancoso, na Bahia. As vítimas fatais foram Mariana Noleto, namorada do filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, as irmãs Jordana e Fernanda Kfuri com os respectivos filhos, Luca Magalhães Lins, de 3 anos, e Gabriel Gouveia, de 2, a babá de Luca, Norma Assunção, e o piloto, o empresário Marcelo Mattoso de Almeida, que estava com a habilitação vencida havia seis anos. Os parentes das vítimas entraram na semana passada com ações indenizatórias na Justiça do Rio de danos morais e materiais contra o espólio de Almeida, as empresas First Class Group, dona da aeronave, e a Blue Reef Participações Imobiliárias, que têm entre os sócios a viúva e os filhos do empresário. E contra o resort, por ter permitido o pouso com um piloto em situação irregular.
ÉPOCA reuniu pela primeira vez familiares das vítimas, como o empresário José Luca Magalhães Lins, pai de Luca, Garna Kfuri, irmã de Jordana e Fernanda, Márcia e Hélio Noleto, pais de Mariana, e Maximiliano e Iolanda, filhos da babá Norma. O músico Bruno Gouveia, vocalista da banda Biquíni Cavadão e pai de Gabriel, não participou da entrevista, mas deu seu depoimento. O grupo postou um vídeo em redes sociais pedindo maior rigor à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Almeida fornecera para a torre de controle de Porto Seguro a matrícula de outro piloto, Felipe Calvino Gomes, que estava com a habilitação em dia e se disse surpreso com o uso de seu nome.
Apurações de equipes das empresas Eurocopter, fabricante do helicóptero, Helibras, sua subsidiária brasileira, Turbomeca, fabricante da turbina, e da oficina Ultra Rev, que fazia a manutenção da aeronave no Rio, concluíram que o helicóptero estava em estado técnico perfeito, com as revisões em dia. “O problema era a prática do Almeida de dar a matrícula de outra pessoa para voar sem condição, fora da legalidade. A falha foi 100% humana”, afirma Magalhães Lins.
“Como qualquer pessoa pode decolar e pousar em aeroportos como o de Vitória, onde o Almeida fez uma parada para abastecer, e o de Porto Seguro, que recebem tantos voos comerciais, dando a matrícula de outro piloto? Não existe fiscalização, é uma baderna”, afirma Hélio Noleto, pai de Mariana e funcionário do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. Sua mulher, Márcia, encontrou-se em agosto com Marcelo Guaranys, presidente da Anac, para cobrar providências. “Minha causa é que nenhuma outra pessoa morra por negligência das autoridades. Que pelo menos um oficial do aeroporto peça o documento de identificação com foto dos pilotos para liberar a decolagem. Ele me prometeu tomar uma atitude, mas não retornou mais minhas ligações. Enlouqueci nestes últimos meses, e as autoridades não me dão notícias. Nem uma posição. Tenho o direito de saber o que aconteceu”, diz. O casal, assim como o outro filho, João Pedro, de 14 anos, tatuou no braço o nome da filha. Márcia pretende criar uma ONG para mães que perderam seus filhos de maneira trágica.
Procurada por ÉPOCA, a assessoria da Anac pediu alguns dias para responder. No dia 6 de dezembro, publicou em seu site um comunicado com medidas de “vigilância continuada dos planos de voo no Brasil”. Pela primeira vez, confirmou irregularidades tanto dos pilotos Marcelo Almeida e Felipe Calvino, quanto da First Class. “O piloto Marcelo Mattoso de Almeida, que operava o helicóptero e faleceu no acidente, estava com a habilitação vencida desde 2005 e também não possuía Certificado de Capacidade Física válido. O piloto Felipe Calvino Gomes também foi penalizado com dois autos de infração a partir da constatação de duas omissões em registros de voos (...) no dia do acidente”, diz a Anac.
O episódio teve repercussão política pela presença do governador do Rio. O grupo viajava a Trancoso para a festa de aniversário do empresário Fernando Cavendish, marido de Jordana Kfuri, que tem contratos com o Estado do Rio por meio de sua construtora, a Delta, e não se juntou aos demais parentes no processo nem na campanha. “Sérgio poderia ter entrado no helicóptero, como seu filho. Mas decidiram embarcar primeiro as mulheres e as crianças”, diz Magalhães Lins. “Ele foi solidário e estava desesperado. Mariana e Marco Antonio, filho dele, namoravam havia oito anos. Ela era como se fosse da família”, diz Márcia.