terça-feira, 5 de julho de 2011

Bom e ruim, por Cabral, Paes e outros

Reparem esta reportagem do Estadão. Gostei muito da forma como o assunto foi tratado.
Curioso também é perceber que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, não deu uma declaração de apoio ao amigo. Será que ele vai pedir para o "papai" Sérgio falar bem dele nas propagandas políticas do ano que vem?
Aliás, durante a campanha, bem que o Eduardo podia chamar, além do Sérgio, o Eike (Batista), o Fernando (Cavendish) e talvez outros amigos importantes, com certeza mais interessantes, tanto para o prefeito quanto para o governador, do que o povo que só reclama.
Olha que bacana (na concepção de Sérgio e Eduardo): quando se presta favores aos ricos, ganha-se em troca passeios de jatinho, festas caras em resorts, entre outras coisas legais. Quando se favorece o pobre... bem, não é tão divertido assim.

Resumindo:

Renúncia fiscal beneficiando empresários: BOM!!!
Redução da carga tributária para a população: RUIM...

Benefícios concedidos a presos e criminosos: BOM!!!
Aumento para professores e bombeiros: RUIM...

Investimentos em infra-estrutura para beneficiar empresas: BOM!!!
Investimentos em saúde, educação, transportes e emprego: RUIM...

Tiririca na "Comissão de Educação e Cultura": BOM!!!
Valorização dos profissionais da educação: RUIM...

Ronaldinho Gaúcho homenageado na ABL: BOM!!!
Incentivo aos escritores brasileiros: RUIM...

Carros de luxo para vereadores: BOM!!!
Transporte público de qualidade para a população: RUIM...

Manobra política para garantir emprego de 20 assessores (caso Cristiane Brasil): BOM!!!
Garantia de emprego e renda, inclusive para os catadores de lixo (novo aterro): RUIM...

Aprenderam?
Abraços!

O sexo dos anjos

(Tutty Vasques)
“Quero assumir aqui um compromisso de rever a minha conduta. Vamos construir um código juntos, vamos estabelecer limites!” – disse dia desses em entrevista sobre a carona que pegou há 15 dias no aviãozinho de Eike Batista a caminho de uma boca-livre promovida por outro amigo empresário na Bahia. Dedurado pela tragédia que matou sete pessoas da comitiva, o governador passou um período fechado em luto justificável. Voltou esta semana ao trabalho com o rabo entre as pernas, típico de quem tem culpa no cartório.

ILUSTRAÇÃO POJUCANPor trás de um homem triste há, quase sempre, um recurso canastrão de arrependimento muito comum na expressão das vítimas de flagrantes de saliência. Lembra da carinha de bebê chorão do Bill Clinton na TV dizendo “eu não tive relação sexual com aquela mulher”? Ainda não ficou muito claro que diabos Sérgio Cabral andou fazendo fora do casamento, ao final de sua lua de mel com o eleitorado carioca, boa coisa decerto não foi para ele reagir meigo feito um poodle que fez xixi na sala a quem o acusa de misturar vida pública à privada.

“Eu errei quando chamei os bombeiros de vândalos”, aproveitou a saia justa para fazer mea-culpa de suas atitudes intempestivas no trato com a corporação, que agora reconhece como “muito querida” da população do Rio. Concedeu logo anistia para todos e teria pedido desculpas ao atirador da escola de Realengo, a quem chamou de “animal e psicopata”, se algum jornalista puxasse o assunto da chacina.

Não sei se deu alguma joia em casa, mas não tem hora mais apropriada para se abusar da generosidade do governador em nome da reconciliação. Melhor aproveitar enquanto é tempo. Preocupada com a melancolia sem fim do amigo, a presidente Dilma já decidiu: vai leva-lo à inauguração do teleférico do Complexo do Alemão na sexta-feira que vem. O homem está precisando se divertir!

Nenhum comentário:

Postar um comentário